Então, depois de tanta confusão pra nivelar o pessoal nas turmas, enfim, tivemos a primeira aula pra valer. Na realidade, são três aulas diárias de 90 minutos cada. Começa as 8h30 e, somado com os intervalos, acaba 14 horas. Achei o máximo esse horário porque dá pra sair cedo, bater perna ou mesmo ir pra academia. E que academia!
Aqui nós não temos uma turma fixa, cada aula você levanta e troca de sala. Via de regra, na sala nós temos muitos orientais (Coréia do Sul, Japão, Filipinas, etc..) e muitos árabes de várias nacionalidades, inclusive do Irã com quem estou tentando me comunicar pra conhecer um pouco da vida por lá. Do lado ocidental, muita gente da américa latina (Brasil e muita gente da Colômbia e México). Os europeus também estão lá, mas em menor número. Fiz uma ótima amizade com um colega italiano por nome Michael, esse tem sido um grande companheiro na escola.
As meninas árabes é que são engraçadas. Extremamente tímidas e reservadas. Cobertas dos pés à cabeça, só os olhinhos de fora. Não chega a ser uma burca, mas é uma espécie de vestido que cobre os ombros e a manga vai até o cotovelo. Depois elas usam espécie de um véu, sempre numa tonalidade bem escura.
Hoje foi engraçado porque em uma das aulas nós tivemos uma atividade funny aqui. Fizemos um jogo igualzinho ao imagem&ação aí no Brasil. Foi o máximo! O que deveria ser desenhado, obviamente, estava em inglês e, por mais simples que fosse o desenho, cada pessoa, cada cultura, tinha uma forma diferente de expressar. Como no jogo, aqui também a gente roubou e usou mímicas ou mesmo expressões faciais. Mas quando era a árabe que desenhava, como é que a gente poderia perceber a expressão facial (risos!) ou mesmo, entender a mímica delas. Cara, foi comédia demais, eu chorei de rir na sala e acho que elas perceberam, não ficaram chateadas não e morriam de rir de mim, talvez pensando a mesma coisa que pensava a respeito delas, kkkk!!!!
Tem um árabe maluco na sala que diz o tempo todo quando me vê "gostosa", "gostosa", "gostossa". Eu comigo, pensei "que p. é essa!". Daí no intervalo eu cheguei pra ele e perguntei o que ele entendia por "gostosa", daí o maluco saiu apontando pra qualquer mulher que passava. Ele Disse que tinha estudado com um brasileiro, que afirmou que para fazer sucesso no Brasil com as mulheres, sempre as chame de gostosa. É a única coisa que ele sabe falar em português.
Brasileiro ensina cada coisa pra esses gringos...
quinta-feira, 31 de março de 2011
CN Tower
Ontem eu fugi da aula mais cedo para ir até a famosa CN Tower. Trata-se de uma torre de telecomunicações aqui de Toronto que transmite sinais de rádio (am/fm), televisão e telefonia móvel. A torre possui cerca de 570 metros de altura, mais ou menos um prédio de 170 andares. É alto demais! De qualquer lugar da cidade ou mesmo chegando via aérea dá pra avistá-la de longe.
Virou um dos principais pontos turísticos da cidade. Como aqui é uma cidade que sobrevive também do turismo, nenhum desses programinhas básicos são baratos. Para subir (apenas subir) na torre, cada visitante maior de 19 anos paga $Can 32.00. Como em qualquer local turístico, na base da torre há um souvenir enorme, cheio de bugingangas relacionadas ao espigão.
A torre possui 4 potentes elevadores que levam até 18 pessoas. Fica um em cada canto da rosa dos ventos. Notem como a direção dos pontos cardeais está presente em todos os lugares aqui da cidade. Quando o elevador parte, é esquisito. Você sente a força G dos cabos puxando a gailola pra cima. Como muitos sabem, eu tenho receio de altura e, pra meu azar, o fundo do elevador é todo de vidro. Quando eu olhei pra baixo e vi o chão cada vez mais longe, mais e mais ia ficando amarelo, tanto que a assessorista disse "Do you need a help man?". Eu disse que não, mas não sabia dizer pra ela o porque, risos!!
A torre tem duas áreas em que você vê a cidade em 360 graus. O primeiro é o Skypod a cerca de uns 340 metros do chão. Local bacana, todo climatizado e que possui um lindo restaurante, cujos pratos individuais começam nos 60 dólares. Até barato se comparado com a entrada, risos. Nesse ambiente tem algumas fotografias da construção da torre, bem legal. Mas o mais interessante mesmo é olhar toda a cidade e o lago Ontário, que parece mais um oceano, pois a gente não consegue ver o horizonte de tão enorme que esse lago é.
Depois do Skypod você pega um outro elevador, um pouco menor e, graças à Deus, sem piso de vidro. Esse elevador leva até o Space DEck, ponto mais alto em que o público comum pode subir na torre, cerca de uns 440 metros. Aqui já estamos no finalzinho da torre e o espaço não é tão grande como o Skypod, por isso, o número de pessoas que sobem e descem é controlado pra não ter tumulto.
O mais bacana no Space Deck é que ele possui um anel externo (isso mesmo, externo!) todo cercado até o teto, tipo a torre de TV aí. Eu olhei em volta, não tinha ninguém lá fora, mas mesmo com o medo de altura eu meti a mão na porta e abri. Caracas, a 440metros de altura, o vento não deixa nem abrir os olhos direito (risos). Eu imagino quem estava de dentro e vendo minha face lá fora. Nesse dia, no chão estava fazendo zero grau. Lá em cima com essa ventania toda, devia estar uns 10 negativos. Ainda dei meia volta, mas foi só, não deu pra completar os 360 graus não. Era vento e frio demais. Ao voltar, a corisa já começou e está comigo até agora, risos.
Lá de cima deu pra ver o caminho certinho que teria que fazer entre a torre e a estação do metro da escola. Como já estava espirrando e com a noite chegando, achei melhor voltar aqui pro Homestay. Foi muito importante escolher o dia certo pra ir na torre, porque, por exemplo, hoje amanheceu completamente nublado e sequer dava pra ver o Skypod, primeira parte da torre onde funciona o restaurante.
Vou postar algumas fotos de lá, amanhã tem mais....
Virou um dos principais pontos turísticos da cidade. Como aqui é uma cidade que sobrevive também do turismo, nenhum desses programinhas básicos são baratos. Para subir (apenas subir) na torre, cada visitante maior de 19 anos paga $Can 32.00. Como em qualquer local turístico, na base da torre há um souvenir enorme, cheio de bugingangas relacionadas ao espigão.
A torre possui 4 potentes elevadores que levam até 18 pessoas. Fica um em cada canto da rosa dos ventos. Notem como a direção dos pontos cardeais está presente em todos os lugares aqui da cidade. Quando o elevador parte, é esquisito. Você sente a força G dos cabos puxando a gailola pra cima. Como muitos sabem, eu tenho receio de altura e, pra meu azar, o fundo do elevador é todo de vidro. Quando eu olhei pra baixo e vi o chão cada vez mais longe, mais e mais ia ficando amarelo, tanto que a assessorista disse "Do you need a help man?". Eu disse que não, mas não sabia dizer pra ela o porque, risos!!
A torre tem duas áreas em que você vê a cidade em 360 graus. O primeiro é o Skypod a cerca de uns 340 metros do chão. Local bacana, todo climatizado e que possui um lindo restaurante, cujos pratos individuais começam nos 60 dólares. Até barato se comparado com a entrada, risos. Nesse ambiente tem algumas fotografias da construção da torre, bem legal. Mas o mais interessante mesmo é olhar toda a cidade e o lago Ontário, que parece mais um oceano, pois a gente não consegue ver o horizonte de tão enorme que esse lago é.
Depois do Skypod você pega um outro elevador, um pouco menor e, graças à Deus, sem piso de vidro. Esse elevador leva até o Space DEck, ponto mais alto em que o público comum pode subir na torre, cerca de uns 440 metros. Aqui já estamos no finalzinho da torre e o espaço não é tão grande como o Skypod, por isso, o número de pessoas que sobem e descem é controlado pra não ter tumulto.
O mais bacana no Space Deck é que ele possui um anel externo (isso mesmo, externo!) todo cercado até o teto, tipo a torre de TV aí. Eu olhei em volta, não tinha ninguém lá fora, mas mesmo com o medo de altura eu meti a mão na porta e abri. Caracas, a 440metros de altura, o vento não deixa nem abrir os olhos direito (risos). Eu imagino quem estava de dentro e vendo minha face lá fora. Nesse dia, no chão estava fazendo zero grau. Lá em cima com essa ventania toda, devia estar uns 10 negativos. Ainda dei meia volta, mas foi só, não deu pra completar os 360 graus não. Era vento e frio demais. Ao voltar, a corisa já começou e está comigo até agora, risos.
Lá de cima deu pra ver o caminho certinho que teria que fazer entre a torre e a estação do metro da escola. Como já estava espirrando e com a noite chegando, achei melhor voltar aqui pro Homestay. Foi muito importante escolher o dia certo pra ir na torre, porque, por exemplo, hoje amanheceu completamente nublado e sequer dava pra ver o Skypod, primeira parte da torre onde funciona o restaurante.
Vou postar algumas fotos de lá, amanhã tem mais....
quarta-feira, 30 de março de 2011
Local almoço e o rango de hoje.
Pessoas, até onde eu fui aqui, ainda não encontrei um self-service típico do Brasil. Digo porque aí a gente pega o prato e sai escolhendo e colocando a quantidade de comida que quer. Aqui você, obviamente, escolhe o que deseja comer, mas a quantidade quem coloca é o funcionário do restaurante. E os caras não tem dó nem piedade, metem a pá mesmo e lotam o prato ou box onde a comida é servida.
O local da foto a seguir, fica abaixo do prédio da escola onde estou estudando. Esse mundaréu de comida aí que ficou mais da metade do prato custou 9 doletas canadenses com o suco. Arroz, tentaram fazer um frango xadrez, salada e suco... rs.....
O local da foto a seguir, fica abaixo do prédio da escola onde estou estudando. Esse mundaréu de comida aí que ficou mais da metade do prato custou 9 doletas canadenses com o suco. Arroz, tentaram fazer um frango xadrez, salada e suco... rs.....
O dia pra conhecer a academia.
Hoje acordei animado. Como estou estudando praticamente a tarde toda, me programei pra ir na YMCA Metro Central aqui de Toronto. Já tinha mantido contato por email com o Zaid (espécie de gerente lá). Pra iniciar, tinha que descer duas estações antes do metrô e torcer pra sair do lado certo da rua. Por aqui o pessoal tem um senso de direção que devem aprender desde a escola. A tal da rosa dos ventos deve ser vista da 1a a 8a série, risos! Nunca vi serem tão precisos nas indicações.
Como havia visto pelo google maps (hehehe), sabia que a academia ficava dois quarteirões a oeste da estação onde ia descer. Ao sair do metrô aquela sensação "Pra onde será que fica o oeste?". Até que foi fácil, pela manhã, basta ser o oposto de onde o sol nasceu. Mas, e se fosse a noite? GPS tom-tom hehehe :)
Quarteirão acima, num frio de rachar, na esquina foi visível o logo característico da rede YMCA. Na entrada, a gente já sente a diferença: existem 3 áreas de ambientação entre o lado externo e o lado interno da academia. Compreensível, pois nesse frio básico aqui, -2, -3... essa ambientação já ajuda bastante. Imaginem no inverno aqui com -20, -25... Queria ver pegar a bola de squash da mochila e esquentá-la na quadra, kkk!
Foi recepcionado por uma asiática por nome Rebeca. É impressionante a quantidade de imigrante que trabalha aqui nessa área de serviços. Disse à ela que havia conversado com o Zaid, mas infelizmente, ele não estava lá.
Fomos então conhecer a academia. A primeira parte foi logo a dos vestiários, obviamente, sem a Rebeca. Ela chamou um teacher lá por nome Bill, muito gente fina. A área dos vestiários aqui é imensa. Começa com os Lockers, cada aluno tem direito a um (valor já incluído na mensalidade) e mais duas toalhas por dia. Bom assim porque não preciso trazer de casa. Tem duas saunas: seca e a vapor e mista (rs!). A área dos chuveiros é enorme, assim como a quantidade de chuveiros. A única coisa que talvez possa causar estranheza é que não existem boxes individuais. Todo mundo toma banho peladão, tipo na época do serviço militar. Pra quem tá acostumado à privacidade na cia, vila ou na body-tech, é meio estranho à primeira vista. Exceção feita apenas para o PNE. Os demais, todo mundo à vista, risos.
Bom, fomos pra área de musculação, todos os aparelhos italianos Technogym e na maromba os Cybers. Possuem 2 salas de spining e 2 exclusivas de running. Existem também várias salas para aulas de gap, local, lutas, yoga, essas coisas. Agora, o melhor estava por vir: o ginásio :) Pra ter uma idéia, no comprimento ele tem uma quadra de handebol. Dentro dessa quadra existem 3 quadras de voley, com uma cortina no teto para separar as quadras quando necessário. Me perdoem os meus eternos amigos do Squash, mas aqui só vai rolar Badminton, pois o pé direito do ginásio é alto demais, dá pra jogar tranquilamente. O squash estava lá representado com duas quadras e o mesmo problema da cia atlética: ar-condicionado na quadra. Estranhei isso, porque toda a academia é climatizada. Disse a Rebeca que é por conta do calor que faz aqui no verão nos meses de junho e julho. A parede é lisa, do tipo da Headway, então deu pra ver que a quadra é bem rápida. Tô doidim pra arrastar um gringo pra dentro e sentar a bunfa na figura, risos! Por fim, a parte da piscina, enorme, semi-olímpica, 12 raias e mais 3 piscinas pra aula de hidro, spinning.
Isso tudo acima pela bagatela de $CAN 62.00 (a R$ 1.51) no cartão de crédito. Daí eu fico pensando: como pode tudo isso por pouco mais de R$ 100.00 ao mês???? É impressionante o quanto os produtos e serviços são caros no Brasil.
Amanhã eu vou tentar mudar meu horário da escola, porque estou entrando 12h e saindo às 18h. Vou tentar mudar pro horário da manhã porque sobra tempo pra bater perna e ir pra academia.
Por hoje é só pessoal! Boa noite a todos vocês.
Eron
Bom, fomos pra área de musculação, todos os aparelhos italianos Technogym e na maromba os Cybers. Possuem 2 salas de spining e 2 exclusivas de running. Existem também várias salas para aulas de gap, local, lutas, yoga, essas coisas. Agora, o melhor estava por vir: o ginásio :) Pra ter uma idéia, no comprimento ele tem uma quadra de handebol. Dentro dessa quadra existem 3 quadras de voley, com uma cortina no teto para separar as quadras quando necessário. Me perdoem os meus eternos amigos do Squash, mas aqui só vai rolar Badminton, pois o pé direito do ginásio é alto demais, dá pra jogar tranquilamente. O squash estava lá representado com duas quadras e o mesmo problema da cia atlética: ar-condicionado na quadra. Estranhei isso, porque toda a academia é climatizada. Disse a Rebeca que é por conta do calor que faz aqui no verão nos meses de junho e julho. A parede é lisa, do tipo da Headway, então deu pra ver que a quadra é bem rápida. Tô doidim pra arrastar um gringo pra dentro e sentar a bunfa na figura, risos! Por fim, a parte da piscina, enorme, semi-olímpica, 12 raias e mais 3 piscinas pra aula de hidro, spinning.
Isso tudo acima pela bagatela de $CAN 62.00 (a R$ 1.51) no cartão de crédito. Daí eu fico pensando: como pode tudo isso por pouco mais de R$ 100.00 ao mês???? É impressionante o quanto os produtos e serviços são caros no Brasil.
Amanhã eu vou tentar mudar meu horário da escola, porque estou entrando 12h e saindo às 18h. Vou tentar mudar pro horário da manhã porque sobra tempo pra bater perna e ir pra academia.
Por hoje é só pessoal! Boa noite a todos vocês.
Eron
terça-feira, 29 de março de 2011
Vista da janela do quarto onde estou.
No canto superior direito da foto, onde parece garagem de ônibus, ali que funciona a estação do metrô conjugado com a estação de ônibus. Não é 5min de caminhada, ainda mais nesse frio, rs. No centro da foto dá pra ver uma entrada que dá acesso a um centro comercial. Ali tem de tudo, lavanderia, cafeteria, lanchonetes, restaurantes, agência dos correios, de turismo... e melhor... entrando por aquela porta você tem acesso por escada rolante a estação do metrô que fica mais embaixo, ou seja, nem precisa andar tanto na rua.
O primeiro dia na escola.
Depois que aprendi a andar de metrô aqui, tudo ficou mais fácil. É impressionante como o metrô é rápido e pontual. Mesmo na hora do rush pela manhã ou tarde, os vagões não ficam lotados. Como o povo daqui é bem educado, aqui não tem um vagão específico para mulheres, vai todo mundo junto no maior respeito. Outra coisa que chama a atenção é a disciplina do pessoal nestes locais de grande movimento. Por exemplo, na escada rolante, aqueles que querem aguardar o conforto da subida ficam todos posicionados à direita, deixando o lado esquerdo livre pra quem está atrasado ou com pressa por algum motivo. Quando o vagão para na estação, as pessoas se aproximam calmamente, sem tumulto e, o mais legal, deixam o corredor aberto, dando preferência a quem está saindo do trem. Depois que todo mundo sai, não tem essa de ir passando na frente, tumultuando a entrada não. Lateralmente as pessoas vão entrando, uma a uma, sem cortar a fila. Se lotou, lotou! Fica pro próximo trem. Engraçado que na volta do primeiro dia da escola, aconteceu exatamente isso: estava no fim da fila pra entrar no vagão e depois que todo mundo saiu, clareou aquela brecha imensa... ahh, não pensei duas vezes (brasileiro, né?), mas fiquei tão sem graça que acabei voltando pro final novamente. Era muita falta de respeito fazer isso com aqueles que aguardavam pacientemente sua vez. Devem ter pensado: "isso é um imigrante"rs...
Ao chegar na escola, fomos recepcionados por uma diversidade louca de culturas, línguas, expressões faciais, vestimentas esquisitas, povo bem diferente. Na realidade, o primeiro dia é de ambientação. A Escola funciona no distrito financeiro de Toronto, local onde tudo é caro. Uma cerva aqui na hora do almoço custa US CAN 7.00!! Almoçar por aqui é bem caro, sorte que tem o maior shopping da cidade bem perto e lá, na área de alimentação você se alimenta com valores mais em conta.
Na ambientação, os alunos são separados por turma. Não sei exatamente qual é o critério, mas dá pra notar que as turmas são formadas por ocidentais e orientais. Por exemplo, na turma em que eu estava, havia uma francesa, alemã, duas brasileiras, um nigeriano e outro brazuca. Já em outro grupo, era notória sua composição com asiáticos (japoneses, chinesses e, principalmente, sul-coreanos). As meninas da burca também estavam lá (arábia saudita e gente do Irã com quem estou tentando me comunicar pra conhecer um pouco da cultura deles).
Esse primeiro dia não é a turma exatamente em que você vai ficar. Na realidade, tivemos que fazer um teste de nivelamento para só então saber as turmas em que vamos estudar. É como se fossem as turmas da faculdade, você vai trocando de sala a cada intervalo. Ou seja, essa babel cultural ocorre a cada 90 minutos.
Com os ocidentais é possível conversar tranquilamente em inglês. Mas falar esta língua com o pessoal da arábia saudita ou mesmo ali do oriente médio é complicado. Eles tem um sotaque agudo e falam, ao menos pra mim, rápido demais. A conversa entre pessoas da mesma nacionalidade é extremamente proibida e motivo para um red card - te mandam pra casa, ou seja, perde o dia de aula. Ainda assim dá pra conversar no banheiro ou mesmo no final de uma aula quando todos vão embora.
É engraçado de ver quando duas pessoas não são da mesma nacionalidade. Basta reparar os gestos com as mãos e braços. Tem cada mímica engraçada, você olha aquilo e fica imaginando o que o cara está tentando falar.
Bom, nosso primeiro dia foi isso, ambientação e teste de nivelamento. Amanhã eu vou conhecer a YMCA, academia que tem squash e badminton aqui. Tomara que dê tudo certo pra fazer minha inscrição lá. Aqui no prédio tem uma boa academia e consegui fazer um aeróbico de 40min, nada, nada, mas ajudou um pouco.
Até a próxima.
Eron
Ao chegar na escola, fomos recepcionados por uma diversidade louca de culturas, línguas, expressões faciais, vestimentas esquisitas, povo bem diferente. Na realidade, o primeiro dia é de ambientação. A Escola funciona no distrito financeiro de Toronto, local onde tudo é caro. Uma cerva aqui na hora do almoço custa US CAN 7.00!! Almoçar por aqui é bem caro, sorte que tem o maior shopping da cidade bem perto e lá, na área de alimentação você se alimenta com valores mais em conta.
Na ambientação, os alunos são separados por turma. Não sei exatamente qual é o critério, mas dá pra notar que as turmas são formadas por ocidentais e orientais. Por exemplo, na turma em que eu estava, havia uma francesa, alemã, duas brasileiras, um nigeriano e outro brazuca. Já em outro grupo, era notória sua composição com asiáticos (japoneses, chinesses e, principalmente, sul-coreanos). As meninas da burca também estavam lá (arábia saudita e gente do Irã com quem estou tentando me comunicar pra conhecer um pouco da cultura deles).
Esse primeiro dia não é a turma exatamente em que você vai ficar. Na realidade, tivemos que fazer um teste de nivelamento para só então saber as turmas em que vamos estudar. É como se fossem as turmas da faculdade, você vai trocando de sala a cada intervalo. Ou seja, essa babel cultural ocorre a cada 90 minutos.
Com os ocidentais é possível conversar tranquilamente em inglês. Mas falar esta língua com o pessoal da arábia saudita ou mesmo ali do oriente médio é complicado. Eles tem um sotaque agudo e falam, ao menos pra mim, rápido demais. A conversa entre pessoas da mesma nacionalidade é extremamente proibida e motivo para um red card - te mandam pra casa, ou seja, perde o dia de aula. Ainda assim dá pra conversar no banheiro ou mesmo no final de uma aula quando todos vão embora.
É engraçado de ver quando duas pessoas não são da mesma nacionalidade. Basta reparar os gestos com as mãos e braços. Tem cada mímica engraçada, você olha aquilo e fica imaginando o que o cara está tentando falar.
Bom, nosso primeiro dia foi isso, ambientação e teste de nivelamento. Amanhã eu vou conhecer a YMCA, academia que tem squash e badminton aqui. Tomara que dê tudo certo pra fazer minha inscrição lá. Aqui no prédio tem uma boa academia e consegui fazer um aeróbico de 40min, nada, nada, mas ajudou um pouco.
Até a próxima.
Eron
A Casa de Família
Então pessoal, depois da peleja pra chegar em Toronto, no aeroporto conheci o motorista Francisco Romero, mexicano que falava fluentemente português. Foi ótimo isso, porque depois de tanta dificuldade, o Romero me inspirou muita confiança. No trajeto aeroporto-homestay ele me falou muito a respeito da cidade, pois reside aqui há 15 anos.
Quando saímos do interior do aeroporto, comecei a entender porque os prédios aqui possuem uma antesala que separa o interior do lado de fora da rua. Ao abrir a porta, deu vontade de voltar pro aeroporto novamente. Faziam 10 graus negativos na noite de domingo. Caminhando pelo estacionamento, pela primeira vez vi neve amontoada nas laterais da pista. Bem legal por ser uma primeira vez, mas confesso que preferiria ver de dentro de algum local abrigado, risos.
O Romero me deixou na porta do prédio e telefonou para a Dona do apartamento. Em seguida, ela apareceu e pude vê-la pela primeira vez a senhora com quem iria conviver nos próximos 60 dias. Engraçado que ela já chegou falando inglês bem rápido e eu balançando a cabeça sem entender nada (risos). No elevador, eu pedi pra que ela falasse mais pausado. Ela se desculpou e riu de si mesma, porque estava ali justamente pra estudar.
O apartamento onde estou é muito agradável. Aqui tenho um quarto com banheiro privativo, onde tenho tv a cabo, som, dvd (alguns shows), internet free, closet, um desk com muitos livros, gramática e dicionários em inglês. O apartamento em si tem um ampla cozinha, sala de jantar e um living muito agradável. O prédio ainda tem uma sala de ginástica com aparelhos de ginástica, aeróbicos (esteira, step, tranport) e pesos tipo pra aula de gap, além de uma sala de alongamentos (acho que o pessoal aqui faz aula lá). Além disso, snoker, tenis de mesa e uma ampla sala para festas. O prédio em si tem um excelente acabamento e extremamente limpo.
A Adrienne Becker é uma professora de inglês aposentada que me corrige a fala o tempo todo. Acho isso muito positivo, aprendi muito com ela aqui nos primeiros dias. Ela lembra muito minha mãe: extremamente cuidadosa e preocupada. Ela sempre prepara os "lunchs" em horários pré-combinados. No café sempre tem frutas (melão, melância, morango) e sucos variados. Me surpreendi com isso pois fruta aqui é muito caro. Depois ainda tem o main cofee (imenso), com pão ou torradas. Para o jantar, ela sempre prepara um grelhado (frango, carne ou peixe) combinando com um carbo apenas: batata ou arroz e mais uma bela salada de vegetais.
No primeiro dia ela foi de uma gentileza ímpar. Faziam oito negativos lá fora e as 7h30 da manhã ela se prontificou a me levar na estação do metrô que fica a uns 200 metros de onde estou. Inicialmente, não queria ir de metro não, porque após toda a confusão no voo, tinha receio de me perder pela cidade. Mas ela insistiu, visto que táxi aqui é bem caro.
Na estação eu comprei um passe que vale por trinta dias a $121.00. Com esse passe você pode andar de metrô, bus e um tal de street car aqui por inúmeras vezes. É muito mais econômico, visto que o day-pass custa $ 3.00 por entrada.
Havia visto no google maps as rotas entre o homestay e a escola. Sabia que teria que fazer a baldeação e era o que eu mais temia: pegar uma linha errada e acabar por me atrasar no primeiro dia de aula - o mais importante, por conta do level test.
No metrô (foi minha primeira vez, rs), foi inacreditavelmente fácil!! cerca de 20 minutos depois de embarcar do lado oeste da cidade, cheguei na St. Andrews Station, desci e já de cara, vi a escada rolante que leva para o piso superior. Nesse local, tem uma outra linha que corta a cidade de norte ao sul. Bastou encontrar a linha south e seguir para o Metro Central Station, a maior estação de metrô e que divide a cidade entre leste e oeste.
Saindo do metrô, bastava pegar a direção norte. Mas para onde era o norte? Foi fácil, com a manhã nascendo no horizonte leste, bastou apontar o braço direito e seguir em frente para onde o rosto apontava. Logo, logo, comecei a identificar os pontos que havia visto no google maps e rapidinho encontrei o prédio da Pacific Language Institute. Corri rapidinho porque no centro, os prédios são muito altos e canalizam o vento na rua. A sensação térmica cai tremendamente.
Foi um alívio encontrar o prédio e de forma tão fácil. Nem se compara com o deslocamento aéreo, risos!
Bom, depois eu escrevo sobre o meu primeiro dia de aula e as figuras que tem lá. Agora, preciso ir porque tenho aula a tarde toda.
Abração pra vocês!
Eron
Quando saímos do interior do aeroporto, comecei a entender porque os prédios aqui possuem uma antesala que separa o interior do lado de fora da rua. Ao abrir a porta, deu vontade de voltar pro aeroporto novamente. Faziam 10 graus negativos na noite de domingo. Caminhando pelo estacionamento, pela primeira vez vi neve amontoada nas laterais da pista. Bem legal por ser uma primeira vez, mas confesso que preferiria ver de dentro de algum local abrigado, risos.
O Romero me deixou na porta do prédio e telefonou para a Dona do apartamento. Em seguida, ela apareceu e pude vê-la pela primeira vez a senhora com quem iria conviver nos próximos 60 dias. Engraçado que ela já chegou falando inglês bem rápido e eu balançando a cabeça sem entender nada (risos). No elevador, eu pedi pra que ela falasse mais pausado. Ela se desculpou e riu de si mesma, porque estava ali justamente pra estudar.
O apartamento onde estou é muito agradável. Aqui tenho um quarto com banheiro privativo, onde tenho tv a cabo, som, dvd (alguns shows), internet free, closet, um desk com muitos livros, gramática e dicionários em inglês. O apartamento em si tem um ampla cozinha, sala de jantar e um living muito agradável. O prédio ainda tem uma sala de ginástica com aparelhos de ginástica, aeróbicos (esteira, step, tranport) e pesos tipo pra aula de gap, além de uma sala de alongamentos (acho que o pessoal aqui faz aula lá). Além disso, snoker, tenis de mesa e uma ampla sala para festas. O prédio em si tem um excelente acabamento e extremamente limpo.
A Adrienne Becker é uma professora de inglês aposentada que me corrige a fala o tempo todo. Acho isso muito positivo, aprendi muito com ela aqui nos primeiros dias. Ela lembra muito minha mãe: extremamente cuidadosa e preocupada. Ela sempre prepara os "lunchs" em horários pré-combinados. No café sempre tem frutas (melão, melância, morango) e sucos variados. Me surpreendi com isso pois fruta aqui é muito caro. Depois ainda tem o main cofee (imenso), com pão ou torradas. Para o jantar, ela sempre prepara um grelhado (frango, carne ou peixe) combinando com um carbo apenas: batata ou arroz e mais uma bela salada de vegetais.
No primeiro dia ela foi de uma gentileza ímpar. Faziam oito negativos lá fora e as 7h30 da manhã ela se prontificou a me levar na estação do metrô que fica a uns 200 metros de onde estou. Inicialmente, não queria ir de metro não, porque após toda a confusão no voo, tinha receio de me perder pela cidade. Mas ela insistiu, visto que táxi aqui é bem caro.
Na estação eu comprei um passe que vale por trinta dias a $121.00. Com esse passe você pode andar de metrô, bus e um tal de street car aqui por inúmeras vezes. É muito mais econômico, visto que o day-pass custa $ 3.00 por entrada.
Havia visto no google maps as rotas entre o homestay e a escola. Sabia que teria que fazer a baldeação e era o que eu mais temia: pegar uma linha errada e acabar por me atrasar no primeiro dia de aula - o mais importante, por conta do level test.
No metrô (foi minha primeira vez, rs), foi inacreditavelmente fácil!! cerca de 20 minutos depois de embarcar do lado oeste da cidade, cheguei na St. Andrews Station, desci e já de cara, vi a escada rolante que leva para o piso superior. Nesse local, tem uma outra linha que corta a cidade de norte ao sul. Bastou encontrar a linha south e seguir para o Metro Central Station, a maior estação de metrô e que divide a cidade entre leste e oeste.
Saindo do metrô, bastava pegar a direção norte. Mas para onde era o norte? Foi fácil, com a manhã nascendo no horizonte leste, bastou apontar o braço direito e seguir em frente para onde o rosto apontava. Logo, logo, comecei a identificar os pontos que havia visto no google maps e rapidinho encontrei o prédio da Pacific Language Institute. Corri rapidinho porque no centro, os prédios são muito altos e canalizam o vento na rua. A sensação térmica cai tremendamente.
Foi um alívio encontrar o prédio e de forma tão fácil. Nem se compara com o deslocamento aéreo, risos!
Bom, depois eu escrevo sobre o meu primeiro dia de aula e as figuras que tem lá. Agora, preciso ir porque tenho aula a tarde toda.
Abração pra vocês!
Eron
segunda-feira, 28 de março de 2011
O início da viagem...
Oi Pessoal! Como recebí vários emails dos amigos ansiosos por notícias do hemisfério norte, achei melhor criar esse documento, o que facilita para responder a tantas manifestações de carinho. Saibam da importância dessas mensagens, uma vez que estou tão longe de vocês. O meu muito obrigado a cada um.
O INÍCIO
Na 6a feira, dia 25/03, ao checar o email, vi que o vôo da AA havia alterado de 9h para 9h50. Isso foi bom, eram mais 50 minutos de sono e que foram necessários. Não sei exatamente a razão, mas algo me incomodava profundamente - por certo -, a ansiedade de encarar isso tudo sozinho, em outro país, língua e culturas diferentes, enfim.... não dormi, esperei apenas a madrugada passar e com o pensamento angustiado.
Ao chegar no aeroporto, um novo atraso da AA, alterando o voo para 11h. Nesse momento eu já me preocupava com a conexão em Miami quer partiria para Toronto às 20h30 locais. No check-in havia três goianos que devem ter vindo direto da balada em GYN para o vôo. Com tanta bebida em mãos era de imaginar que dormiriam todo o voo. Eu só torcia para que meu assento não fosse próximo ao deles.
É incrível como esse mundo é pequeno. Ainda na fila do check-in, encontrei com meu amigo Nadin, que tem algumas franquias do Mcdonalds em BSB e também estava indo pra Miami com sua esposa para assistir o US OPEN. Foi bom saber que havia um conhecido no vôo, diria até tranquilizador.
Check-in feito, povo embarcado, quando entramos no avião, me senti entrando no avião da Vasp. Caracas, como seria possível colocar um troço daquele pra fazer um vôo de hemisfério? Era velho demais (risos), daí eu vi porque consegui fácil o bilhete com o smilles (risos). Quando o avião começa a fazer o push-back e as aeromoças com a demonstração usual das saídas de emergência, algo interessante chamou a atenção: as luzes de emergência começaram a piscar freneticamente! Então eu pensei "será que é parte da demonstração ou isso é uma emergência mesmo? Engraçado que acabou o áudio em inglês da demonstração e as luzes não paravam de piscar e as pessoas começaram a se questionar. Logo o comandante falou em inglês e depois com tradução para o português de que as luzes de emergência estavam com problemas e, que por isso, o avião não poderia decolar.
Voltamos para o finger e a previsão de conserto era de 2 horas, mas por sorte, não usaram todo esse tempo e liberaram o avião. Lembra dos goianos? Pois é, de tão bêbados acabaram por insultar uma comissária - eu não sei exatamente o que aconteceu -, então, o comandante acabou voltando, pela segunda vez com a aeronave. Aí deu infraero, PF e acabaram por retirar "educadamente" as figuras. E ainda tiveram que limpar os assentos lá trás.
Enfim, decolamos às 12h30, seguindo pra Miami onde chegamos por volta das 19h50. Então pensei: vai dar tempo. Eu, junto com um tanto de gente que iria fazer conexão para outros estados americanos ou mesmo outros países (como eu), saimos correndo na esperança de pegar a conexão. Quando chegamos na imigração, a vaca foi pro brejo de vez. Embora existam muitos guichês, alguns são exclusivos para americanos retornando ao país. Ainda tem a situação de mudar o painel de visitante para americano, o que ocorreu comigo no meio da fila. Lá fui eu pro final de outra fila, junto com meu amigo Nadin e esposa.
A imigração nos EUA foi bem tranquila, algumas perguntas básicas: de onde venho, pra onde vou, o que foi fazer etc..., em seguida o guarda liberou. Correria agora pra pegar as malas num salão imenso, cheio de esteiras e vários painéis. A dificuldade inicial era transpor as pessoas, carrinhos, malas, os espanhóis falando alto junto com os italianos... loucura.
Ao chegar na esteira uma moça começa a me perguntar em inglês sobre a bagagem dela que tava demorando. Tentei conversar também e só depois descobri que era uma brasileira (pode?).
Bom, perdido a conexão para Toronto na noite de sábado, lá fui eu procurar o balcão da AA para remarcar o bilhete. Diferentemente do Brasil, a coisa agora em Miami começava a apertar - only english or a little spanish.
A atendente arrumou um voo muito bom para o domingo às 11h e me despachou! Daí eu questionei sobre o vaucher do hotel, visto que a conexão foi perdida por dois motivos: um pela falha técnica da aeronave e pelos malditos goianos bêbados. Ela disse que a cia não poderia fazer nada e que eu deveria procurar algum hotel nas redondezas ou mesmo pernoite no aeroporto. É mole?
Nessa hora o sangue subiu. Pedi pra falar com o supervisor e ela não atendeu, argumentando que "on saturday morning, the tower of control of flight have a fire ...."e blá, blá, blá... eu nem prestei atenção no que ela quis dizer. Não imaginava o quanto essa informação era preciosa naquele momento.
Muito bate-boca depois apareceu um gerente, extremamente gentil, me ouviu com calma sobre o ocorrido, fez uma ligação somente e já imprimiu o vaucher do hotel com dinner and breakfast, acreditam?
Jantar, pernoite no hotel e café da manhã... até que rendeu (risos). Ao acordar, vi na CNN que o aeroporto de Miami teve um incêndio na torre de controle no sábado pela manhã e 70 voos foram cancelados ou transferidos para o DOMINGO!!!! Caracas, ao saber disso, rapidinho fiz o check-out do hotel, peguei o transporte e por volta de 7h30 de domingo, estava indo para o aeroporto, a fim de embarcar às 11h pra Toronto.
Parece que o mundo todo convergiu para o aeroporto! A fila de carros no desembarque já mostrava que a 2a conexão estava perdida novamente. Pra ter uma ideia do caos, nem a fila do check-in internacional da AA eu conseguia encontrar. Quando cheguei no balcão, eram 11h30 da manhã. O voo já tinha ido embora há muito tempo.
Pensem numa agonia? A atendente da AA ainda quis saber porque eu havia chegado atrasado, bastava olhar pra trás. Outra remarcação, agora pra 2a feira. Daí foi demais: disse que não podia, pois tinha curso que iria iniciar na manhã de 2a, etc.. e tal. Como reclamar vale à pena! Conseguiram um vôo saindo 14h, com conexão em Boston, chegando em Toronto às 22h.
Gente, valeu a pena, porque Boston, ainda que visto apenas do aerporto, é uma cidade linda! Tem um lago que parece oceano, imenso, não dá pra ver o fim e com umas casas de piso duplo, sem grades, margeando todo o lago, combinando com o início da primavera aqui, nossa, fantástico! Sempre temos que ver algo de positivo na adversidade. A paissagem foi linda, coisa de filme.
Engraçado que em Miami você encontra muitos brasileiros, latinos, espanhóis com quem a gente ainda troca ideias em portunhol. Mas a medida em que você subindo na latitude, a coisa fica mais complicada, um inglês de pronúncia diferente, mais arrastado, fala baixa, bem difícil de compreender.
Bom, após decolar de Boston, recebemos o papel da imigração e, ao meu ver, bem tranquilo pra responder.
Chegando no Canadá, comandante anuncia -10 graus. Dava pra ver pelo pessoal de pista que o frio lá fora não era brincadeira não.
A jornada chegando ao final, apresento-me ao Sr. da imigração. Cara amarrada, perguntou se eu sabia preencher o formulário. Eu questionei, perguntando se havia algo preenchido errado. O cara não quis nem saber, passou um risco em X no formulário, me entregou e disse pra entrar à direita, diferente do caminho que os demais estavam utilizando. Daí eu pensei: "agora já era, vão me deportar hoje a noite mesmo e nem sei porque motivo". Então, entrei numa sala com outras pessoas. Um atendente bem legal, me disse que o formulário que preenchi estava marcado como cidadão canadense, o que não era o caso. Pediu os documentos da escola, meu passaporte, algumas perguntinhas e, enfim, me liberou go ahead :)
Nisso já eram quase 23 horas de domingo e faltava encontrar com o motora. Com tanta zica já estava esperando que ele não estivesse lá fora e já pensava no táxi, quando então, vi um Sr. segurando uma plaqueta com meu nome. Cara, eu quase não acreditei naquilo, senti um alívio tão grande e, o melhor, o cara falava português fluentemente!!!
Enfim, a primeira parte foi isso. Estou numa casa ótima de uma professora aposentada, muito gentil, extremamente cuidadosa e preocupada.
Depois eu falo mais a respeito do homestay e da escola. Agora vou dormir porque, além dos -6 lá fora, amanhã tem aula cedo.
Um abraço para todos vocês!
Eron
O INÍCIO
Na 6a feira, dia 25/03, ao checar o email, vi que o vôo da AA havia alterado de 9h para 9h50. Isso foi bom, eram mais 50 minutos de sono e que foram necessários. Não sei exatamente a razão, mas algo me incomodava profundamente - por certo -, a ansiedade de encarar isso tudo sozinho, em outro país, língua e culturas diferentes, enfim.... não dormi, esperei apenas a madrugada passar e com o pensamento angustiado.
Ao chegar no aeroporto, um novo atraso da AA, alterando o voo para 11h. Nesse momento eu já me preocupava com a conexão em Miami quer partiria para Toronto às 20h30 locais. No check-in havia três goianos que devem ter vindo direto da balada em GYN para o vôo. Com tanta bebida em mãos era de imaginar que dormiriam todo o voo. Eu só torcia para que meu assento não fosse próximo ao deles.
É incrível como esse mundo é pequeno. Ainda na fila do check-in, encontrei com meu amigo Nadin, que tem algumas franquias do Mcdonalds em BSB e também estava indo pra Miami com sua esposa para assistir o US OPEN. Foi bom saber que havia um conhecido no vôo, diria até tranquilizador.
Check-in feito, povo embarcado, quando entramos no avião, me senti entrando no avião da Vasp. Caracas, como seria possível colocar um troço daquele pra fazer um vôo de hemisfério? Era velho demais (risos), daí eu vi porque consegui fácil o bilhete com o smilles (risos). Quando o avião começa a fazer o push-back e as aeromoças com a demonstração usual das saídas de emergência, algo interessante chamou a atenção: as luzes de emergência começaram a piscar freneticamente! Então eu pensei "será que é parte da demonstração ou isso é uma emergência mesmo? Engraçado que acabou o áudio em inglês da demonstração e as luzes não paravam de piscar e as pessoas começaram a se questionar. Logo o comandante falou em inglês e depois com tradução para o português de que as luzes de emergência estavam com problemas e, que por isso, o avião não poderia decolar.
Voltamos para o finger e a previsão de conserto era de 2 horas, mas por sorte, não usaram todo esse tempo e liberaram o avião. Lembra dos goianos? Pois é, de tão bêbados acabaram por insultar uma comissária - eu não sei exatamente o que aconteceu -, então, o comandante acabou voltando, pela segunda vez com a aeronave. Aí deu infraero, PF e acabaram por retirar "educadamente" as figuras. E ainda tiveram que limpar os assentos lá trás.
Enfim, decolamos às 12h30, seguindo pra Miami onde chegamos por volta das 19h50. Então pensei: vai dar tempo. Eu, junto com um tanto de gente que iria fazer conexão para outros estados americanos ou mesmo outros países (como eu), saimos correndo na esperança de pegar a conexão. Quando chegamos na imigração, a vaca foi pro brejo de vez. Embora existam muitos guichês, alguns são exclusivos para americanos retornando ao país. Ainda tem a situação de mudar o painel de visitante para americano, o que ocorreu comigo no meio da fila. Lá fui eu pro final de outra fila, junto com meu amigo Nadin e esposa.
A imigração nos EUA foi bem tranquila, algumas perguntas básicas: de onde venho, pra onde vou, o que foi fazer etc..., em seguida o guarda liberou. Correria agora pra pegar as malas num salão imenso, cheio de esteiras e vários painéis. A dificuldade inicial era transpor as pessoas, carrinhos, malas, os espanhóis falando alto junto com os italianos... loucura.
Ao chegar na esteira uma moça começa a me perguntar em inglês sobre a bagagem dela que tava demorando. Tentei conversar também e só depois descobri que era uma brasileira (pode?).
Bom, perdido a conexão para Toronto na noite de sábado, lá fui eu procurar o balcão da AA para remarcar o bilhete. Diferentemente do Brasil, a coisa agora em Miami começava a apertar - only english or a little spanish.
A atendente arrumou um voo muito bom para o domingo às 11h e me despachou! Daí eu questionei sobre o vaucher do hotel, visto que a conexão foi perdida por dois motivos: um pela falha técnica da aeronave e pelos malditos goianos bêbados. Ela disse que a cia não poderia fazer nada e que eu deveria procurar algum hotel nas redondezas ou mesmo pernoite no aeroporto. É mole?
Nessa hora o sangue subiu. Pedi pra falar com o supervisor e ela não atendeu, argumentando que "on saturday morning, the tower of control of flight have a fire ...."e blá, blá, blá... eu nem prestei atenção no que ela quis dizer. Não imaginava o quanto essa informação era preciosa naquele momento.
Muito bate-boca depois apareceu um gerente, extremamente gentil, me ouviu com calma sobre o ocorrido, fez uma ligação somente e já imprimiu o vaucher do hotel com dinner and breakfast, acreditam?
Jantar, pernoite no hotel e café da manhã... até que rendeu (risos). Ao acordar, vi na CNN que o aeroporto de Miami teve um incêndio na torre de controle no sábado pela manhã e 70 voos foram cancelados ou transferidos para o DOMINGO!!!! Caracas, ao saber disso, rapidinho fiz o check-out do hotel, peguei o transporte e por volta de 7h30 de domingo, estava indo para o aeroporto, a fim de embarcar às 11h pra Toronto.
Parece que o mundo todo convergiu para o aeroporto! A fila de carros no desembarque já mostrava que a 2a conexão estava perdida novamente. Pra ter uma ideia do caos, nem a fila do check-in internacional da AA eu conseguia encontrar. Quando cheguei no balcão, eram 11h30 da manhã. O voo já tinha ido embora há muito tempo.
Pensem numa agonia? A atendente da AA ainda quis saber porque eu havia chegado atrasado, bastava olhar pra trás. Outra remarcação, agora pra 2a feira. Daí foi demais: disse que não podia, pois tinha curso que iria iniciar na manhã de 2a, etc.. e tal. Como reclamar vale à pena! Conseguiram um vôo saindo 14h, com conexão em Boston, chegando em Toronto às 22h.
Gente, valeu a pena, porque Boston, ainda que visto apenas do aerporto, é uma cidade linda! Tem um lago que parece oceano, imenso, não dá pra ver o fim e com umas casas de piso duplo, sem grades, margeando todo o lago, combinando com o início da primavera aqui, nossa, fantástico! Sempre temos que ver algo de positivo na adversidade. A paissagem foi linda, coisa de filme.
Engraçado que em Miami você encontra muitos brasileiros, latinos, espanhóis com quem a gente ainda troca ideias em portunhol. Mas a medida em que você subindo na latitude, a coisa fica mais complicada, um inglês de pronúncia diferente, mais arrastado, fala baixa, bem difícil de compreender.
Bom, após decolar de Boston, recebemos o papel da imigração e, ao meu ver, bem tranquilo pra responder.
Chegando no Canadá, comandante anuncia -10 graus. Dava pra ver pelo pessoal de pista que o frio lá fora não era brincadeira não.
A jornada chegando ao final, apresento-me ao Sr. da imigração. Cara amarrada, perguntou se eu sabia preencher o formulário. Eu questionei, perguntando se havia algo preenchido errado. O cara não quis nem saber, passou um risco em X no formulário, me entregou e disse pra entrar à direita, diferente do caminho que os demais estavam utilizando. Daí eu pensei: "agora já era, vão me deportar hoje a noite mesmo e nem sei porque motivo". Então, entrei numa sala com outras pessoas. Um atendente bem legal, me disse que o formulário que preenchi estava marcado como cidadão canadense, o que não era o caso. Pediu os documentos da escola, meu passaporte, algumas perguntinhas e, enfim, me liberou go ahead :)
Nisso já eram quase 23 horas de domingo e faltava encontrar com o motora. Com tanta zica já estava esperando que ele não estivesse lá fora e já pensava no táxi, quando então, vi um Sr. segurando uma plaqueta com meu nome. Cara, eu quase não acreditei naquilo, senti um alívio tão grande e, o melhor, o cara falava português fluentemente!!!
Enfim, a primeira parte foi isso. Estou numa casa ótima de uma professora aposentada, muito gentil, extremamente cuidadosa e preocupada.
Depois eu falo mais a respeito do homestay e da escola. Agora vou dormir porque, além dos -6 lá fora, amanhã tem aula cedo.
Um abraço para todos vocês!
Eron
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