Depois que aprendi a andar de metrô aqui, tudo ficou mais fácil. É impressionante como o metrô é rápido e pontual. Mesmo na hora do rush pela manhã ou tarde, os vagões não ficam lotados. Como o povo daqui é bem educado, aqui não tem um vagão específico para mulheres, vai todo mundo junto no maior respeito. Outra coisa que chama a atenção é a disciplina do pessoal nestes locais de grande movimento. Por exemplo, na escada rolante, aqueles que querem aguardar o conforto da subida ficam todos posicionados à direita, deixando o lado esquerdo livre pra quem está atrasado ou com pressa por algum motivo. Quando o vagão para na estação, as pessoas se aproximam calmamente, sem tumulto e, o mais legal, deixam o corredor aberto, dando preferência a quem está saindo do trem. Depois que todo mundo sai, não tem essa de ir passando na frente, tumultuando a entrada não. Lateralmente as pessoas vão entrando, uma a uma, sem cortar a fila. Se lotou, lotou! Fica pro próximo trem. Engraçado que na volta do primeiro dia da escola, aconteceu exatamente isso: estava no fim da fila pra entrar no vagão e depois que todo mundo saiu, clareou aquela brecha imensa... ahh, não pensei duas vezes (brasileiro, né?), mas fiquei tão sem graça que acabei voltando pro final novamente. Era muita falta de respeito fazer isso com aqueles que aguardavam pacientemente sua vez. Devem ter pensado: "isso é um imigrante"rs...
Ao chegar na escola, fomos recepcionados por uma diversidade louca de culturas, línguas, expressões faciais, vestimentas esquisitas, povo bem diferente. Na realidade, o primeiro dia é de ambientação. A Escola funciona no distrito financeiro de Toronto, local onde tudo é caro. Uma cerva aqui na hora do almoço custa US CAN 7.00!! Almoçar por aqui é bem caro, sorte que tem o maior shopping da cidade bem perto e lá, na área de alimentação você se alimenta com valores mais em conta.
Na ambientação, os alunos são separados por turma. Não sei exatamente qual é o critério, mas dá pra notar que as turmas são formadas por ocidentais e orientais. Por exemplo, na turma em que eu estava, havia uma francesa, alemã, duas brasileiras, um nigeriano e outro brazuca. Já em outro grupo, era notória sua composição com asiáticos (japoneses, chinesses e, principalmente, sul-coreanos). As meninas da burca também estavam lá (arábia saudita e gente do Irã com quem estou tentando me comunicar pra conhecer um pouco da cultura deles).
Esse primeiro dia não é a turma exatamente em que você vai ficar. Na realidade, tivemos que fazer um teste de nivelamento para só então saber as turmas em que vamos estudar. É como se fossem as turmas da faculdade, você vai trocando de sala a cada intervalo. Ou seja, essa babel cultural ocorre a cada 90 minutos.
Com os ocidentais é possível conversar tranquilamente em inglês. Mas falar esta língua com o pessoal da arábia saudita ou mesmo ali do oriente médio é complicado. Eles tem um sotaque agudo e falam, ao menos pra mim, rápido demais. A conversa entre pessoas da mesma nacionalidade é extremamente proibida e motivo para um red card - te mandam pra casa, ou seja, perde o dia de aula. Ainda assim dá pra conversar no banheiro ou mesmo no final de uma aula quando todos vão embora.
É engraçado de ver quando duas pessoas não são da mesma nacionalidade. Basta reparar os gestos com as mãos e braços. Tem cada mímica engraçada, você olha aquilo e fica imaginando o que o cara está tentando falar.
Bom, nosso primeiro dia foi isso, ambientação e teste de nivelamento. Amanhã eu vou conhecer a YMCA, academia que tem squash e badminton aqui. Tomara que dê tudo certo pra fazer minha inscrição lá. Aqui no prédio tem uma boa academia e consegui fazer um aeróbico de 40min, nada, nada, mas ajudou um pouco.
Até a próxima.
Eron
Muito bem,Jotinha!! Aqui so orgulho e saudades! beijos
ResponderExcluirPerfeito pra primeiro dia de aula!! Sem aula at all! see u in the next post!rsrs
ResponderExcluirverdadeiro aprendizado de culturas e de vida.Bjs
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