domingo, 3 de abril de 2011

Primeiro Busão...

Sábado foi o dia de estréia. Pela primeira vez aqui ia sair da segurança quase completa do subway pra pegar ônibus. Confesso que não me agradava muito a ideia, mas era por uma boa causa: Aqui perto de onde estou morando há um Outlet que para chegar lá, não tem subway e ainda é necessário trocar de ônibus. Então imagine a apreensão.

Aqui o transporte público funciona de uma forma que não dá pra acreditar. Os residentes aqui falam com orgulho do TTC - Toronto Transport Comission. É como se fosse a SEcretaria de Transportes do DF, mas muito acima.

Pra começar errado eu já fui entrando pela entrada dos ônibus. Pra mim era como se estivesse chegando numa rodoviária aí do plano. Logo um guarda veio apitando, elétrico, nervoso "get out... get out". Daí ele me explicou que é terminantemente proibida  a entrada de pedestre pela entrada dos ônibus. Coisa de brasileiro querer cortar caminho. Então, tive que dar a volta e entrar na escada rolante que leva ao subway. De lá, tem outro acesso que vai pra tal rodoviária.

Não fazia a menor idéia de qual ônibus deveria pegar. Sabia apenas que haveria a tal da baldeação em algum ponto da cidade. Ao chegar na bus station, sábado 9h da manhã, já tinha um funcionário da TTC. Daí eu perguntei qual ônibus deveria pegar pra ir na Dixie. Ele me explicou, mas notou que não entendi direito. Então ele me pegou pelo braço me levou até o box nr 2 (existem 5! olhem a chance de dar errado, rs). E ficou comigo lá pacientemente até aparecer a linha 110A. Você paga 3 dólares pra embarcar e recebe de volta um ticket impresso (tipo dessas máquinas visa aí no brasil). Com esse ticket você pode reembarcar ou pegar uma conexão para outra linha em até duas horas, basta mostrar ao motorista.

Seguindo na linha 110-A, o busão foi rodando pela cidade. Muito legal aqui, as casas sem grandes cercando ou mesmo nas janelas. O quintal todo mundo tem acesso (e até estranho), bicicletas dormindo na varanda sem cadeado, bem diferente! O ônibus é um espetáculo! Ele não tem degrau, é baixo e possui nas 3 entradas elevadores que é acionado pelo motorista para o PNE ou mesmo SRa com carrinho de bebê ou u idoso com dificuldade locomotora. Outra característica: os bancos são afixados lateralmente no ônibus, o que permite uma forma rápida de lavar o interior do ônibus, porque os assentos não possuem "pé". É fácil passar a água e limpar.

Outra coisa legal é que para pagar a tarifa, o busú aceita tudo: moeda, notas, cartão de crédito. O mais bacana, porém, penso que é o GPS instalado no teto. Com ele, o motorista tem um painel em que mostra à sua posição em relação aos demais da frota. Isso pra fazer com que os horários de intervalo das paradas seja respeitado. Em cada parada tem uma tabela com os dias da semana e os horários em que os ônibus passam. Não é exatamente preciso, mas a diferença é de poucos minutos, não mais que cinco.

Chegou a hora da baldeação. O motorista, um senhor com seus 60 anos, parou o ônibus no que fosse uma mini-rodoviária. Nesses locais tem todo o tipo de transporte: street-car (bondinho), ônibus, táxi e, em alguns casos, até acesso ao metrô. Questionei sobre qual o ônibus deveria pegar pra concluir minha ida à Dixie, diz ele: 5a-Orange. Não aguardei 10 minutos e lá estava o busão laranja. Bastou apresentar o ticket do transfer e seguir viagem.

Bom, depois eu vou falar sobre os outlets aqui em outro post. São fantásticos! Cheguei às 10h e só saí por volta das 17h. Pra voltar, também não fazia a mínima ideia de qual ônibus deveria pegar. Confesso que pensei seriamente em pegar um táxi. Aliás, táxi aqui é um problema muito sério, porque como o transporte público funciona muito bem, pouquíssimas pessoas (na maioria turistas) é que acabam por usar os enormes táxis que existem por aqui. Então, pouca demanda e turista com dólar pra gastar, dá pra imaginar o que acontece.

Estava aguardando na estação por um ônibus que nem sabia qual iria pegar. Por sorte, apareceu uma mulher e seus dois filhos com muitas compras nas mãos. Então perguntei qual era o ônibus que deveria pegar para ir à Islington (subway de referência onde estou). Foi então que ela disse que iria para o mesmo lugar!!! Confesso que me senti muito aliviado com isso e pude aproveitar melhor a vista da cidade com minha guia turista à bordo. Fizemos a baldeação e enquanto aguardava o outro ônibus, conversei com ela e pra minha surpresa, ela é Afegã e reside no Canadá há doze anos. Casou com um canadense, obteve cidadania e hoje já trabalha como supervisora de telemarkting. O nome dela ocidental é Leonora. O nome da terra natal é um nome que nem sei escrever. Já tinha visto isso na escola: não sei porque, mas o pessoal do oriente médio ou mesmo das bandas do japão, coréia, filipipinas, possuem dois nomes - o de origem e um outro nome ocidental. Ainda vou descobrir o porque.

Essa foi minha primeira experiência com ônibus público aqui e olha, só elogios ao transporte público da cidade, que tanto os cidadãos aqui sentem orgulho!

Até a próxima!

4 comentários:

  1. oi Pessoa,tudo bem? vejo que está se saindo muito bem!!!Parabéns.bjs

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  2. Jr, que sensacional...fiquei com vontade de pegar o buzão rsrsrsr!!!! Estou impressionada com o tipo de serviço prestado e a pontualidade. Eu iria me apaixonar se morasse num lugar assim, tão civilizado!!! Espetáculo, hein?!
    bjs

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  3. muito bom, hem!! se divertindo msm!! ta se virando direitinho!

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  4. Kbça,

    Nada de sensacional, é o mesmo transporte que eu pego para ir para a Ceilândia todo o dia... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....

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