quarta-feira, 27 de abril de 2011

Rumando para o norte do Canadá

Destino: Québec, Montreal e Otaawa

Dirigir pelas estradas do Canadá é muito fácil. Se você estiver de GPS então, nem se fala. Algumas rodovias possuem pedágio mas dá gosto de pagar e ter uma avenida de três faixas de rolamento, mais acostamento e assistência técnica. Pensei em alugar novamente um carro pra subir rumo ao norte de Toronto, mas como não conheço bem as cidades, achei melhor optar pela excursão da escola por dois motivos: primeiro por não conhecer mesmo os locais e a necessidade de um guia e, segundo, o preço. Uma viagem de ônibus por quatro dias, visitando três cidades, custou 315 dólares, com transporte, hotel com café e guia. De certo que o tempo era muito curto, mas o valor pago, mal daria para alugar o carro e pagar as diárias do hotel, que aqui são bem custosas.

Outro motivo também é que dessa vez teria companhia, não viajaria sozinho, pois muitos brasileiros da escola também foram rumo ao norte. Logo de cara, combinaram de comprar cerveja pra viagem de 7 horas de Toronto para Québec. Todo mundo feliz da vida, chegamos no ônibus e pra nossa surpresa e alegria de alguns, não é permitido levar cerveja à bordo! Vocês precisavam ver a cara da brazucada farofeira (eu no meio deles!). Pior, isso estava escrito (em inglês) no ticket e ninguém notou. Tentamos ainda fazer com que fosse embarcado na bagagem do busão e não à bordo, mas não teve jeitinho brasileiro não. O jeito foi tomar o que foi possível antes do ônibus partir.

A Adrienne, dona da casa onde estou morando, havia me alertado quanto ao frio que faz em Québec, visto que das três cidades é a que fica mais ao norte, portanto, mais frio que Toronto. Arrumei a mala pensando nisso com as roupas que tenho aqui (mais uma vez, graças ao meu amigo Adê).

No início da viagem tive uma grande sorte: o ônibus não estava cheio e pude ter dois assentos o que ajudou bastante para tentar dormir nas 7 horas de viagem. Saímos de Toronto por volta de 23horas com 4 graus e muito vento. A cerveja estava gelada naturalmente antes do embarque, rs.

Por volta das 6 horas chegamos em Québec. Já notamos a diferença na chegada, ainda na estrada, com todas as placas em francês. A coisa complicou logo no café, pois o local em que paramos, o pessoal falava francês fluentemente e um inglês razoável que juntava com o nosso ai ai ai, rs. Saímos de 4 positivos e fomos para -2 na manhã e com vento. A sensação térmica era bem mais negativa dos que os míseros dois graus. Para um calango como eu, andar na rua com essa temperatura, mesmo bem agasalhado era um suplício.

Pra mim, Québec é a cidade mais linda que conheci nessa viagem até agora. Um jeitão de vilarejo do interior da França, com casas coloniais lindas. A Old City, um trecho pequeno onde está o maior hotel do mundo, segundo a guia, é um local lindo, tão romântico, bares com mesas na rua, pessoas andando pela calçada, um ar de tranquilidade, paz, sossego que remetem aos melhores momentos da vida da gente. O problema apenas foi o frio e o vento. Certa hora em que a guia estava explicando sobre alguns monumentos, era visível os brasileiros, todos juntos e pulando, procurando aquecer o corpo. Chegou a ser cômico, pois alguns locais estavam também bem agasalhados, mas sem esse pula-pula nosso. De tão frio, minha pele do rosto queimou, ficou avermelhada e dormente. Não sentia mais a maçã do rosto, nem os lábios, estava tudo duro. Peguei o celular pra tirar fotos, mas o dedo não acionava o touch do aparelho. Nessa hora, eu e outros falamos com a guia e mostramos o nosso estado. Então ela correu conosco até um café na porta do hotel e pudemos saborear um french vanila da rede Tim Hourtons, especialidade em café e que tem em todo o canto no Canadá.

Em Québec a noite saímos para jantar. Como sempre, a brazucada junta falando o tempo todo em português - o que definitivamente não é bom. Durante o jantar, alguém gritou "neve, neve!" e, para alegria geral da farovada, estava nevando em Québec. Todos nós saímos correndo pra rua a fim de curtir aquele momento. Imagino o que os locais no restaurante devem ter pensando de nós, risos. Voltamos completamente cobertos de neve e gelo. Essa coisa foi derrentendo dentro do restaurante e virando água, molhando a roupa toda... olha... um horror!

Pedimos logo a conta do restaurante e queríamos muito curtir aquelas horas ali com neve, visto que não é comum nevar aqui no mês de abril, então, tínhamos que aproveitar aquela oportunidade única talvez. Engraçado que tudo serve de experiência, aprendizado. Enquanto está nevando você suporta tranquilamente o frio, fica naquela euforia, adrenalina, primeira vez e tals. Mas quando para de nevar começa a vir um frio debaixo pra cima, como se estivéssemos num grande freezer. Aí negão é que o bicho pega. O tenis molha, a meia também, a ponta dos dedos fica roxa de frio, você tenta andar por onde a roda do carro passou e tirou um pouco da camada de neve. É muito linda a paissagem, mas tem que estar preparado para um ambiente assim, do contrário, passa frio e pode ainda adoecer. Mas vale muito a pena, abaixo algumas fotos com os brazucas.

Depois comento sobre Montreal, terra de Gilles Villeneuve e Otaawa.









2 comentários:

  1. q otima essa viagem hem!!! Achei linda Quebec qdo estive por lah! bjao

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  2. kraca kbça, onibus sem cerveja???? que coisa estranha!!!!rsssss

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