quarta-feira, 27 de abril de 2011

Rumando para o norte do Canadá

Destino: Québec, Montreal e Otaawa

Dirigir pelas estradas do Canadá é muito fácil. Se você estiver de GPS então, nem se fala. Algumas rodovias possuem pedágio mas dá gosto de pagar e ter uma avenida de três faixas de rolamento, mais acostamento e assistência técnica. Pensei em alugar novamente um carro pra subir rumo ao norte de Toronto, mas como não conheço bem as cidades, achei melhor optar pela excursão da escola por dois motivos: primeiro por não conhecer mesmo os locais e a necessidade de um guia e, segundo, o preço. Uma viagem de ônibus por quatro dias, visitando três cidades, custou 315 dólares, com transporte, hotel com café e guia. De certo que o tempo era muito curto, mas o valor pago, mal daria para alugar o carro e pagar as diárias do hotel, que aqui são bem custosas.

Outro motivo também é que dessa vez teria companhia, não viajaria sozinho, pois muitos brasileiros da escola também foram rumo ao norte. Logo de cara, combinaram de comprar cerveja pra viagem de 7 horas de Toronto para Québec. Todo mundo feliz da vida, chegamos no ônibus e pra nossa surpresa e alegria de alguns, não é permitido levar cerveja à bordo! Vocês precisavam ver a cara da brazucada farofeira (eu no meio deles!). Pior, isso estava escrito (em inglês) no ticket e ninguém notou. Tentamos ainda fazer com que fosse embarcado na bagagem do busão e não à bordo, mas não teve jeitinho brasileiro não. O jeito foi tomar o que foi possível antes do ônibus partir.

A Adrienne, dona da casa onde estou morando, havia me alertado quanto ao frio que faz em Québec, visto que das três cidades é a que fica mais ao norte, portanto, mais frio que Toronto. Arrumei a mala pensando nisso com as roupas que tenho aqui (mais uma vez, graças ao meu amigo Adê).

No início da viagem tive uma grande sorte: o ônibus não estava cheio e pude ter dois assentos o que ajudou bastante para tentar dormir nas 7 horas de viagem. Saímos de Toronto por volta de 23horas com 4 graus e muito vento. A cerveja estava gelada naturalmente antes do embarque, rs.

Por volta das 6 horas chegamos em Québec. Já notamos a diferença na chegada, ainda na estrada, com todas as placas em francês. A coisa complicou logo no café, pois o local em que paramos, o pessoal falava francês fluentemente e um inglês razoável que juntava com o nosso ai ai ai, rs. Saímos de 4 positivos e fomos para -2 na manhã e com vento. A sensação térmica era bem mais negativa dos que os míseros dois graus. Para um calango como eu, andar na rua com essa temperatura, mesmo bem agasalhado era um suplício.

Pra mim, Québec é a cidade mais linda que conheci nessa viagem até agora. Um jeitão de vilarejo do interior da França, com casas coloniais lindas. A Old City, um trecho pequeno onde está o maior hotel do mundo, segundo a guia, é um local lindo, tão romântico, bares com mesas na rua, pessoas andando pela calçada, um ar de tranquilidade, paz, sossego que remetem aos melhores momentos da vida da gente. O problema apenas foi o frio e o vento. Certa hora em que a guia estava explicando sobre alguns monumentos, era visível os brasileiros, todos juntos e pulando, procurando aquecer o corpo. Chegou a ser cômico, pois alguns locais estavam também bem agasalhados, mas sem esse pula-pula nosso. De tão frio, minha pele do rosto queimou, ficou avermelhada e dormente. Não sentia mais a maçã do rosto, nem os lábios, estava tudo duro. Peguei o celular pra tirar fotos, mas o dedo não acionava o touch do aparelho. Nessa hora, eu e outros falamos com a guia e mostramos o nosso estado. Então ela correu conosco até um café na porta do hotel e pudemos saborear um french vanila da rede Tim Hourtons, especialidade em café e que tem em todo o canto no Canadá.

Em Québec a noite saímos para jantar. Como sempre, a brazucada junta falando o tempo todo em português - o que definitivamente não é bom. Durante o jantar, alguém gritou "neve, neve!" e, para alegria geral da farovada, estava nevando em Québec. Todos nós saímos correndo pra rua a fim de curtir aquele momento. Imagino o que os locais no restaurante devem ter pensando de nós, risos. Voltamos completamente cobertos de neve e gelo. Essa coisa foi derrentendo dentro do restaurante e virando água, molhando a roupa toda... olha... um horror!

Pedimos logo a conta do restaurante e queríamos muito curtir aquelas horas ali com neve, visto que não é comum nevar aqui no mês de abril, então, tínhamos que aproveitar aquela oportunidade única talvez. Engraçado que tudo serve de experiência, aprendizado. Enquanto está nevando você suporta tranquilamente o frio, fica naquela euforia, adrenalina, primeira vez e tals. Mas quando para de nevar começa a vir um frio debaixo pra cima, como se estivéssemos num grande freezer. Aí negão é que o bicho pega. O tenis molha, a meia também, a ponta dos dedos fica roxa de frio, você tenta andar por onde a roda do carro passou e tirou um pouco da camada de neve. É muito linda a paissagem, mas tem que estar preparado para um ambiente assim, do contrário, passa frio e pode ainda adoecer. Mas vale muito a pena, abaixo algumas fotos com os brazucas.

Depois comento sobre Montreal, terra de Gilles Villeneuve e Otaawa.









Buffalo - EUA

Pessoal, 

Uma dica preciosa para quem eventualmente venha passar férias em Toronto. Jamais compre nos shoppings centers do centro da cidade, principalmente no Eaton Center. Os preços lá são extremamente abusivos. O melhor mesmo para compras é procurar outlets mais afastados da cidade, locais onde você encontra bons preços, como por exemplo Dixie Outlet Mall (bem perto de onde estou morando) e VAungh Mills Outlet. 

Agora, o melhor mesmo é pegar um ônibus ou alugar um carro e pegar estrada rumo aos EUA, na cidade de Buffalo e Niagaras. A viagem é rápida, 1h30 de carro, cerca de 150 km em estradas excelentes e com pedágio. Por lá tem um outlet Niagara Falls foi onde encontrei os melhores preços de roupas, calçados e bolsas. 

Aluguei um carro e passei o fim de semana rodando pelas estradas do interior do EUA. Cidades pequenas, bem charmosas, jeitão de interior mesmo. O primeiro passo foi pegar o carro. Escolhi uma agência da Avis que pra minha sorte, fica aqui pertinho de casa. A locação dos três dias com seguro saiu até com um preço regular, 171 dólares com seguro incluso. Peguei o tom-tom, instalei no carro, plotei os endereços e segui estrada. A primeira surpresa, não muito boa, vou ver que o GPS não estava recebendo energia do isqueiro. Tentei, mexi muito no isqueiro e nada! Com essa situação teria autonomia para umas 2 horas de bateria no GPS. Impraticável andar num outro país sem GPS. Então, achei melhor voltar e pedir pra trocar o carro, após uns 30 minutos de estrada, estava eu lá novamente na agência. 

O atendente veio rapidamente todo preocupado e eu disse que o isqueiro do carro estava quebrado e que sem GPS não tinha como prosseguir viagem. Então ele olhou e me mostrou o meu recarregador estava com o pino de centro quebrado - na realidade, acho que de tanto tentar eu mesmo acabei quebrando, risos! Aí o atendente, muito boa praça, me emprestou um recarregador da tomtom que ele tinha lá e, por sorte, encaixava certinho no meu aparelho. Feito a troca do recarregador, plugamos no isqueiro, ligamos o carro e... nada de recarregar! Aí a luz amarela ascendeu, pensei comigo "o cara vai achar que eu quebrei o isqueiro do carro da locadora, quer ver?". Ele olhou, coçou a cabeça e disse: não se preocupe, vou trocar o carro pra você. Confesso que me senti aliviado. 

Seguindo estrada, com GPS funcionando e recarregando o tempo todo, cheguei na bendita fronteira Canadá/EUA pra fazer a imigração. Após a conexão louca de Miami, era a segunda vez pisando em solo Americano. Como eu já tinha o white card, pensei que seria bem tranquilo. Era uma sexta-feira, por volta das 10h da manhã. Existiam uns 12 guichês pra fazer a imigração, alguns exclusivos para cidadãos americanos, outros exclusivos para ônibus. Chegando a minha vez, o guarda da imigração (customs como eles chamam aqui), fez perguntas bobas: aonde eu morava, o que estava fazendo em Toronto, qual era o objetivo da minha ida aos EUA, essas coisas. Pra minha surpresa, ele reteve o meu passaporte, escreveu um número num papel  amarelo fuleira e mandou estacionar o carro logo a frente e seguir um guarda que tinha lá. Daí eu pensei "cara, ferrou geral!".  Por algum motivo o cara reteve meu passaporte e agora vou ter que lá explicar. Confesso que me deu um frio na barriga, uma vontade lascada de ir ao banheiro! Chegando no escritório da alfândega tinha um bocado de gente por lá, isso até me tranquilizou. No final das contas o que acontece é o seguinte: se você entra por via área, terrestre ou marítima, você recebe um white card que é como se fosse um registro que você entrou no país e que terá que guardá-lo até sua saída. Após pagar 6 dólares pelo serviço, já estava eu aliviado e seguindo viagem. 

Não demorou e o GPS começou a acusar que estava chegando ao meu destino. Só que pra minha surpresa, não tinha nada em volta, era tudo um descampado só, jeitão de interior mesmo. E o outlet, onde estava? Ahh nemm! Olhei o endereço do shopping, a rodovia Military Road nr 1900 estava certa. O problema: essa rodovia existe tanto em Buffalo como em Niagara e quando plotei no GPS indiquei a cidade como sendo Buffalo e, na realidade, o outlet fica em Niagara, que por azar, tem uma rua com mesmo nome :( Isso eu só descobri depois que um borracheiro me deu a dica. Feita a correção no GPS, estava a 30 km do meu destino final. Ao menos não estava assim tãooo longe. 

Enfim, chegando no Niagara Outlet Mall, de longe, foi possível perceber o tamanho do local. Inúmeras lojas, stores de boas marcas com os melhores preços que até então tinha visto. Passei a tarde de sexta e voltei pra Buffalo, onde havia feito reserva num hotel por 89 dólares a diária, preço muito bom por aqui, visto que diárias ficam em torno de 140. E pelo preço, o hotel até que era bom, cama imensa, internet, tv a cabo, estacionamento gratuito, foi uma boa escolha. A pena é que como imaginava que o outlet ficava em Buffalo, fiz a reserva nessa cidade, enquanto que ao lado do outlet tem um Confort Inn de beira de estrada, bom pra pernoitar. 

A noite, uma voltinha pelo centro de Buffalo - estava de carro mesmo -, e uma parada em uma steak local. Enfim, uma carne assada de primeira, após quase quatro semanas do último churras na casa do meu pai. Buffalo é uma cidade um pouco maior do que as cidades do interior por onde passei. Tem cinemas, nights clubs (uma febre isso aqui), bares, etc. Como não nasci pra noite, logo voltei pro hotel pra descansar, pois o sábado prometia. 

Sabadão, povo de folga, outlet lotou! Fila pra tudo, entrar na loja, experimentar roupas. Os fit rooms aqui são em número muito pequeno, o que forma uma fila grande em dias de grande movimento, por isso, evite compras no sábado a tarde, é um conselho e tanto! Nesse outlet, roupas, calçados, bolsas e acessórios tem preços muito bons. Passei o dia no shopping, a ponto de, ao final de tarde, uma vendedora ao me ver passando pra lá e pra cá o dia todo, me chamou e perguntou se eu precisava de ajuda e se estava perdido, kkk, morri de rir! 

No domingo o outlet abre a partir das 11h até às 18h, mas sinceramente, estava sem menor vontade de ficar rodando naquele lugar. Como o outlet fica na cidade de Niagaras, resolvi passar pelas famosas cachoeiras. Não demorou 30minutos de carro e lá estava eu, contemplando uma obra prima da natureza. Não sei se alguém já viu, mas é de um esplendor único o local. Fazia frio, havia gelo nas laterais da queda e do rio, mas valeu muito a pena conhecer, pois estava tão pertinho. Existem hotéis maravilhosos voltados para a queda, fico imaginando como deve ser a virada de ano por aqui. 

Na volta pra casa, fazer a fronteira novamente. O lado Canadense é bem tranquilo. O custom daqui olhou o passaporte, perguntou pra onde eu ia e mandou seguir em frente. Nem fez perguntas sobre compras, eletrônicos, essas coisas. Questionou se voltaria aos EUA até outubro, prazo que está no white card, eu disse que sim, por conta da viagem para NY. Então ele nem destacou o white card do passaporte, continuo aqui com os meus dois cards que vou dar baixa na medida em que não voltar mais para o lado americano. 

Foi isso pessoal, uma ótima viagem, alguns percalsos, mas nada que não se consiga resolver. O bom está sendo a experiência de vida, lidar com situações inesperadas em outro país, outra língua, sem conhecer ninguém, isso tem sido um aprendizado e um crescimento pessoal muito significativo. 

Abraços. 




quinta-feira, 14 de abril de 2011

Montreal, Québec e Otawa

Amanhã vou para as três cidades acima e só volto na 3a feira. Abraços e muitas saudades de todos aí. Fiquem com Deus!

Um pouco sobre a vida noturna aqui.

Muitos sabem que não sou da noite. Aqui o dia é bem corrido com as aulas começando às 8h30, então o melhor dia pra sair a noite é na 6a ou no sábado. A noite aqui tem de tudo pra fazer, bares, restaurantes, o tal dos pubs (buteco do mesmo jeito), boates, nights clubs, teatro, cinema, cafés nos parques (nossa, são muito lindos e agradáveis, pena é o frio que está fazendo).

O que mais tem aqui são bares com música ao vivo que depois vira uma dance night. O interessante é que há uma disputa entre as casas pra ver quem lota mais, melhor frequentado, essas coisas. O Imperial Pub na Dundas Street é pra onde a maioria da galera sem grana vai (tipo eu!). Até as 22 horas a cerveja é de graça, a ideia lá é encher a casa o quanto antes. Depois das 22 horas, 8 dólares a latinha. Não é à toa que esvazia depois das 22h, kkkk!

Restaurante aqui tem de todas as nacionalidades, até brasileira. Almoçar ou jantar aqui em um restaurante legal, custa caro. Aqui é uma cidade cara. Um jantar a dois, na melhor das hipóteses sai a 50 dólares o prato individual, sem bebida ou sobremessa. Outra coisa que pesa aqui é a tal da gorjeta que é, digamos assim, "fixada" em 20% do total da conta. Você não é obrigado a pagar os 20%, pode até pagar menos caso não tenha gostado da comida ou do atendimento. Mas isso é uma descortesia ferrenha aqui. Então, culturalmente, o pessoal paga os 20% sobre o total, mas tem gente que paga menos, inclusive eu, ainda mais se eu não for voltar ao local, risos.

Para as boates, os ingressos para entrada giram em torno de 20~25 dólares, sem consumação e só pra entrar. De qualquer forma, se não estiver legal, você dá adeus e parte para outro local sem ter que obrigatoriamente comer ou beber alguma coisa. Som aqui é coisa de techno, só bate-estaca. Anos 70, 80, essas coisas, já são de um passado bem distante, risos!

Aqui a maioria do pessoal usa as linhas de metrô e de ônibus. O pessoal bico fino usa carro, obviamente, mas aqui isso custa caro, pois não há estacionamento público no centro da cidade e nem aos arredores. Todo parking aqui tem máquina pra você pagar com notas, moedas e cartão de crédito. E a máquina funciona com energia solar, é mole? Quando eu vi a primeira vez e notei que aceitava cartão de crédito, já imaginei no preço da hora. Dependendo do lugar e do número de vagas (quanto menor o número de vagas, mais caro), já vi parking aqui por 12 dólares a hora! É absurdamente caro.

Por esse motivo, os mortais vão no metrô mesmo ou ônibus que, diga-se de passagem, funcionam super bem aqui, extremamente pontuais e regulares. A questão é que o metrô, principal meio de transporte da cidade (corta a cidade de norte a sul, leste a oeste), o metrô para de funcionar às 3h da manhã para manutenção e limpeza e retorna às 5h30.

O que ocorre é que todas as casas noturnas, bares, restaurantes, etc., param às 2h para que os trabalhadores possam voltar pra casa. E os frequentadores também! Então, não se assuste se as duas horas da manhã, cerveja e petiscos na mesa, o garçom chegar com a conta, sem mesmo que você tenha pedido. Chegou a hora de voltar pra casa!

No geral a noite aqui é legal. Ao menos no bairro em que estou morando, aqui é super seguro. As casas não tem grades, todo mundo vê o quintal do outro, bicicletas dormem penduradas sem cadeado, isso traz uma sensação de segurança enorme. A única coisa que me chamou a atenção foi que no metrô e no ônibus há um cartaz da TTC (Toronto Transport Comission), que para mulheres desacompanhadas, após as 23 horas, o motorista é obrigado a parar onde ela pedir, independente se há bus-stop ou não. A ideia é deixá-la o mais próximo da casa possível. Evidentemente, a fim de evitar algum sinistro.

É uma cidade segura, mas não custa tomar algumas medidas de segurança. Por exemplo, aqui onde eu moro, você pode ir para o metrô pela rua ou optar por caminhar dentro de um centro comercial que tem aqui ao lado. O saguão de entrada, que tem acesso ao subway, fica aberto 24 horas. Nesses casos, obviamente, ao chegar tarde da noite, mais seguro vir por dentro do prédio do que enfrentar o frio de dois, três graus lá fora.

O melhor de tudo: nada de flanelinhas com a camisa do flamengo, rsssssssss

Abraços!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Compras em Toronto

Acabei vindo pra Toronto com pouquíssimas mudas de roupa. Na real, a mala veio com menos da metade da capacidade. Vale um registro muito importante agora: eu nunca tive aí no Brasil roupas para temperaturas negativas e, se não fosse o Adenilson e a Lú terem me emprestado roupas adequadas, olha, acho que os dez primeiros dias estariam perdidos, pois peguei aqui menos oito graus e com vento e chuva, a sensação térmica cai drasticamente. Adê & Lú, puxa, muitíssimo obrigado pela ajuda, mostrou-se de fundamental importância. Até porque, pensava eu que logo no primeiro ou segundo dia, estaria comprando roupas adequadas para mim. Ledo engano.

Isso porque aprendi que a primeira semana você gasta ela todinha se adequando ao homestay, ao horário do colégio, a linha do metrô, inúmeras vezes você se perde e tals, então, você não tem tempo de ficar indo em shopping ou em lojas. 

Outro detalhe importante: Toronto é uma cidade turística e, por consequência, tudo aqui é caro. Na cidade existem vários shoppings, mas o que o pessoal mais frequenta é o Eaton Shopping, um mega-shopping que dispõe de estação própria de metrô. Existem todas as lojas que você pode imaginar lá, mas todos os produtos são assustadoramente caros lá. Então, nessa primeira semana me virei com o que tinha aqui. 

Falando a respeito com a Adrieene, ela me disse que em downtown, tipo um bairro aqui, a brasileirada corre pra comprar coisas lá, parecido com a feira do paraguai aí só que disposta de forma semelhante ao comércio de Taguatinga. Todo mundo corre pra lá atrás de bons preços, mas segundo a Adrienne, os preços lá não são tão bons. O esquema mesmo são os Outlets que ficam mais afastados da cidade. 

Aqui existem dois megas Outlets: O Dixie Outlet Mall (http://www.dixieoutletmall.com/en-CA) e o Vaughan Mills (http://www.vaughanmills.com/). O primeiro fica aqui perto, precisa pegar dois ônibus mas é rapidinho. Já o segundo fica tão distante que é melhor alugar um carro Tem todas as grandes stores: Levis, Jacob, Guess, Calvin, Armani. E ainda existem lojas locais aqui como a Winner, Sears, entre outras que tem bons produtos. Nos Outlets os preços são inacreditavelmente baixos. Calças Jeans das stores citadas, girando em torno de $CAN 28~32 dependendo da marca, tecido, modelo. Nas prateleiras do Clearence, você encontra ainda com uns 10% de desconto. Além disso, as lojas aqui oferecem uns tickets de desconto na internet. Você entra lá, imprime o ticket, por aqui entre 10 a 15% de desconto sobre o total da compra. Em outras lojas, você ainda pode acumular 5% de desconto, enviando um SMS para um número fixo que tem na loja. Se você der sorte, ainda recebe mais esses 5% de desconto do celular. Junta isso tudo e vai pro caixa, que beleza!


O Dinho, meu amigo do squash, sempre me falava a respeito de comprar roupas fora do Brasil mas eu nunca levava isso muito a sério. Hoje pude comprovar o quanto vale a pena programar uma viagem para o fim de estação. Por exemplo, já passamos do inverno aqui e entramos na primavera. As roupas de inverno estão todas em liquidação absurda. Só que pra mim, tem algumas roupas de frio que só dá para usar aqui, não tem como usá-las no Brasil. Talvez uma boa pedida seja programar uma viagem para fim de agosto/início de setembro, justamente quando acaba o verão aqui e tudo entra em liquidação já para a entrada do verão no hemisfério sul em dezembro.  

Notei que existem excelentes preços de roupas masculinas, femininas, sapatos, bolsas, acessórios. Perfumes eu já não achei tão barato, confesso que esperava mais se comparado com os descontos obtidos nas roupas. Obviamente, ainda são mais baratos que no Brasil. Outra coisa: eletrônicos aqui parece a época do Sarney, nem adianta se matar de procurar, é tudo tabelado, o mesmo preço em uma loja e na store da marca. NO quesito eletrônico, foi decepcionante, mas de qualquer sorte, bem mais barato que no Brasil. 

Mas o melhor mesmo estaria por vir: Buffalo (EUA). Esse será outro post. Abraços! 



Praia em Toronto? Pior que tem....

Não é exatamente uma praia de água salgada porque aqui não tem saída pro Oceano Atlântico. É uma praia de água doce do lago Ontário, um imenso lago que separa o norte dos EUA com o Canadá e onde fica as cataratas do Niágara. Penso que aqui no verão que ocorre entre junho e agosto, a praia deve ferver porque haviam barracas fechadas, locais pra prática de esportes náuticos, vela, pistas de corrida, patinação, bem legal!

Esse dia nós fugimos da escola e fomos para lado leste da cidade de subway. Todo mundo queria conhecer uma das praias que existem aqui. Fazia um frio danado, até nevou no final da tarde. Na "praia" sem ondas e sem maré, rs... eu coloquei meu relógio na água que possui marcador de temperatura. O bichinho emergiu com -2 no marcador, kkkk. Algumas fotos abaixo do local.




Um pouco sobre o Home Stay

Então pessoal, quinze dias após minha chegada aqui, posso dizer que tive muita, mas muita sorte em ter chegado à casa da Adrienne Becker. Como muitos já sabem, ela é uma professsora de inglês aposentada. Ela tem me ajudado bastante. Todos os dias a gente conversa sobre como foi a aula, o que fiz ao longo do dia, os lugares que conheci, etc. Isso ajuda a desenrolar a língua (risos).

Além disso, ela é uma senhora de cerca de 64 anos, religiosa, frequenta a Igreja Anglicana aqui. Seus filhos já são casados e não moram com ela que já é divorciada do marido há cerca de 8 anos. Embora divorciada, ela é toda proativa. Faz natação de segunda a sexta, uma hora, todos os dias. Três vezes na semana tem aulas de dança de salão e ainda faz aulas de piano e violino. É o tipo de vida que quero ter quando me aposentar, risos.

O apartamento onde ela reside posso comparar com bons apartamentos no sudoeste e águas claras. No apartamento, tenho um quarto que conta com internet free, TV à cabo, closet e banheiro privativo. Todos os dias ela prepara o café da manha que é bem variado: pães, frutas, sucos, iogurte, chocolate quente, chá, etc. A principal refeição deles aqui é o jantar que pra mim é servido muito cedo, por volta das 18h daqui, 19h em Brasília. Os pratos servidos em dias alternados são os mais variados: salada, proteína, sucos, pães, sopas, batata, legumes, etc. Como ela é bem ativa, tem um cardápio bom e bem variado.

O mais interessante pra mim é que ela tem uma lavanderia completa dentro do apartamento na área de serviço. E melhor: uma vez na semana ela tem o cuidado de lavar todas as minhas roupas e passar calças e blusas. Isso para mim caiu do céu, porque se não fosse assim, iria gastar uma grana com lavanderia aqui.

A Adrienne é uma mulher muito culta. Certo dia ela me pergunto a que horas costumo acordar no sábado e disse-lhe que acordo cedo, independente do dia da semana. Pois então, no dia seguinte à essa pergunta, acordo com ao som de notas de piano. Ela disse que no café da manhã no sábado é tradicionalmente especial no Canadá. Além do big breakfast, estava ali tomando café ao som de dedilhadas no teclado do piano. Então, ela pegou o livro de partituras, se aproximou de mim e disse: isso é Mozart, veja suavidade da melodia, me mostrando um livro aberto com aquelas partituras, tipo notas musicais sabe? Sinceramente, me senti nessa manhã um verdadeiro Ogro ao lado dela. Eu olhava para aquilo e só dizia "yea, yea, yea", sem entender nada do que estava ali no livro do tal Mozart.

Queria fazer esse registro aqui porque alguns brasileiros que estão estudando comigo relatam problemas sérios em suas casas. Por exemplo, eu tenho um amigo de Pernambuco que está morando na casa de imigrantes filipinos com mais dois estudantes de outras nacionalidades. Então, isso é bem complicado porque você precisa ter um extremo cuidado com seus pertences. Trancar tudo na hora de sair e conferir depois. Além disso, o pessoal que recebe os estudantes, recebem ajuda do Governo, então, quanto mais estudante melhor. E outra: a alimentação aonde esse meu colega está resume-se a sucrilhos com leite pela manhã e pão a noite. Bem complicada essa situação.

Enfim, tenho que agradecer muito à Deus por ter a oportunidade de estar morando aqui por esses dois meses. Penso que se estivesse em outra home stay mais complicada, talvez já teria retornado ao Brasil.

Eventualmente, se alguém se interessar em estudar aqui, sugiro mandar um email para a Adriene e negociar a estadia, pois, a estação do metrô está a 5minutos de caminhada dentro de um centro comercial, longe do frio externo. Além disso, aqui você usufrui de uma ótima alimentação e ainda tem as roupas lavadas e passadas.

Fora isso tudo, a Adrieene Becker é uma pessoa de coração extraordinário, nunca vi igual. Abraços!!!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Basquete da NBA

Quarta-feira de bobeira, o povo da escola decidiu assistir ao jogo da NBA do time local aqui o X-Raptors! Confesso que basquete nunca foi meu forte não. Aliás, nunca havia assistido a uma partida de basquete inteira. Trinta e dois dólares pra assistir ao jogo contra o Cleveland dos EUA. O pessoal que tinha assistido antes havia comentado muito bem a respeito do Air Canadá Center, nome do local onde o time treina e tem o mando de campo. Só que na realidade, o local é um centro cultural esportivo. Lá são realizados jogos de hockey no gelo, basquete, concertos, shows musicais, etc.

O legal é que você não precisa pegar carro pra ir ao Air Canadá Center. Tem uma estação de metro debaixo do ginásio. O local é esplendoroso! Olha que já fui em muitos ginásios esportivos no Brasil, mas nunca havia entrado em um local como esse. Pra mim, tudo isso aqui é novidade. Tem tudo no ginásio: lanchonetes, restaurantes, casa de jogos, lojinhas de bugingangas do time local.

O jogo em si é um grande evento. Antes da partida e durante os intervalos de tempo (como são longos!) tem apresentações musicais, disputas de lances de cestas entre pessoas escolhidas na arquibancada, distribuição de camisas para o público. No fim, o que menos eu vi foi o jogo em si, que aliás foi uma tragédia. O time local, o XRaptors estava perdendo por uma diferença de 25 pontos no terceiro quarto e ainda conseguiu uma recuperação mas perdeu de 96x106 para o Cleveland.

A turma da escola foi em peso nesse dia, só brasileirada falando português. Foi legal porque após o jogo a moçada saiu para um dos muitos pubs que tem por aqui - que não passa de um butequim mais arrumadinho. Nesse tinha música ambiente, muita gente, inclusive de outras nacionalidades. Até gente da escola tinha por lá.

Uma coisa que descobri nesse dia foi sobre o quanto se deve pagar para os serviços de garçom. Aqui, pelo que entendi, eles não recebem salário do proprietário do estabelecimento. A remuneração deles é estritamente em cima da gorjeta do serviço que aqui é bem  generosa, 20% (isso mesmo, vinte!). Fica a critério do cliente pagar os vinte ou menos que isso. Particularmente, eu acho um absurdo tarifa nesse valor, porque aqui, igual no BR, tem problema na conta, serviço que não foi entregue e tals. Então, se eu penso que não vou voltar ao local, não pago os vinte não.... vou no dez basicão do Brasil e tá bom demais.

Vivendo e aprendendo não é? Até mais....

No meio da manifestação...

Domingão, sem nada pra fazer, só batendo perna pelos locais que um colega havia sugerido, lá fui eu conhecer o Queens Park, um dos inúmeros parques existentes aqui em Toronto. Esse é legal porque fica em frente a sede do Legislativo do Estado de Ontário, onde fica Toronto, tipo a assembléia legislativa estadual no Brasil. E ao lado, fica a Universidade Pública de Toronto (uma UNB da vida). Os prédios da Universidade datam de 1800 e uns quebrados de anos. São todos naquele formato de castelo, muito legal de ver algo tão antigo em contraste com a arquitetura moderna de alguns prédios ao redor.

Tudo aqui se refere a estação do metrô. Onde você pergunta por endereço, o pessoal fala... próximo a estação xyz. Então, desci do metrô na estação do Queens Park. Ao subir as escadarias ouvi um ziriguidum danado! Quando saí da estação dei de cara com uma manifestação em frente a sede do Parlamento do Estado. Eu fiquei tão surpreso e sem reação, porque não esperava aquilo em pleno domingo!! Era um pessoal meio esquisito, alternativo, homem com homem, mulher com mulher, maior zona. Eu caí dentro desse caldeirão aí e eis que uma maluca se aproxima de mim e diz: "Join, Join! Fight with us. Do you want fight for us?", algo como lute conoso, você quer lutar com nós? Daí, eu com meu inglês básico "... Ohh, yea, no, maybe, i come from...". Mal terminei de responder e ela jogou, literalmente, jogou uma placa pra cima de mim que das duas uma: eu desviava e deixava cair no chão (o que ficaria muito mal) ou então pegava a causa! E foi o que eu fiz. Lá estava eu no meio de uma manifestação da qual eu nem sabia o que era, segurando uma placa com os dizeres "S.L.U.T = dignity". Não faço a menor ideia do que é isso. Resultado: fiquei parado, esperando os manifestantes passarem até que eles foram caminhando rua acima, daqui a pouco  eu peguei aquela placa, joguei no lixo e fui embora! Ahh tem dó, nem em manifestação do meu sindicato eu vou.....

Fotos do local e da figura:


Fotos da Casa Loma





Casa Loma no Wiki

Um pouco mais sobre o local....

http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_Lomahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_Loma

F5 no Blog. Casa Loma

Oi pessoas! Saudades de todos aí no Brasil. Andei sumido mas foi por pura falta de tempo. Apesar de estar com tempo livre após a aula, o que não falta aqui é lugar pra conhecer. Hoje vamos falar um pouco sobre a Casa Loma. Trata-se de um castelo naquele estilo medieval que foi construído por volta de 1910, por um empresário canadense (que não me lembro o nome) da área de energia elétrica aqui da cidade - tipo a CEB aí. 

O acesso para a Casa Loma é bem fácil porque tem uma estação do metrô a poucos metros. O palacete tem apenas 98 quartos e custou cerca de 3.5 milhões de dólares da época. Eu nunca havia entrado em um castelo antes e não fazia a menor idéia de como era por dentro. Pra entrar no castelo, pagamos 19.00 dólares, o que vale a pena, pois se a parte externa é bela, o que há dentro do castelo sugere algo espetacular. Pra mim um castelo era de pedra maciça, sem reboco, coisa bem rústica mesmo. Na realidade, me deparei com um acabamento fino e com vários detalhes artesanais que impressionam pela riqueza dos detalhes. 

Logo na entrada o visitante recebe um aparelho, tipo um celular. Em cada ambiente tem um número. Basta teclar esse número e pressionar play que um áudio, em várias línguas (inclusive o português!), fala a respeito da construção e da destinação de cada um dos ambientes. Bem legal porque você não precisa de guia e vai andando sozinho pelo castelo. 

Tudo me impressionou neste castelo, mas gostaria de chamar atenção para o tamanho da biblioteca, parece a biblioteca pública aí da w3 sul. Outra ambiente extremamente agradável é o jardim de inverno, pra mim, o local mais bonito do palacete. Vou postar umas fotos para vocês conhecerem. 

O ideal aqui é chegar cedo, porque após o almoço, muitos turistas vão até a Casa Loma e aí, as salas, os ambientes, acabam ficando lotado, isso quando não acaba os aparelhos que fazem a tradução da história da casa. Então, se for vir, programe-se para chegar pela manhã.

A casa é tão grande que acabei ficando quatro horas rodando por lá, isso quando não me perdia. Hoje a Casa Loma é explorada tipo numa PPP, pois o empresário quebrou, ficou devendo o que seria o IPTU daí, por fim, o governo tomou o palacete, firmou a PPP com uma Organização local aqui e agora explora o ambiente. Arrebenta de ganhar dinheiro dos turistas bobinhos, risos.... 

Abraços.
 

domingo, 3 de abril de 2011

Nevando lá fora....

Pessoal, 23h de domingo e começou a nevar lá fora!! Os jardins já estão todos cobertos, bem branquinhos. O ruim é que a temperatura caiu demais. Hoje, pela primeira vez, estou sentindo frio dentro de casa, com tudo fechado e dormindo até de touca!
Está tudo branquinho lá fora, é lindo! Eu queria descer pra pegar neve na cabeça, mas tá frio demais. A chance de gripar é alta. Amanhã eu tiro umas fotos antes de ir pra escola.
Pra levantar vai ser dose!!!

Primeiro Busão...

Sábado foi o dia de estréia. Pela primeira vez aqui ia sair da segurança quase completa do subway pra pegar ônibus. Confesso que não me agradava muito a ideia, mas era por uma boa causa: Aqui perto de onde estou morando há um Outlet que para chegar lá, não tem subway e ainda é necessário trocar de ônibus. Então imagine a apreensão.

Aqui o transporte público funciona de uma forma que não dá pra acreditar. Os residentes aqui falam com orgulho do TTC - Toronto Transport Comission. É como se fosse a SEcretaria de Transportes do DF, mas muito acima.

Pra começar errado eu já fui entrando pela entrada dos ônibus. Pra mim era como se estivesse chegando numa rodoviária aí do plano. Logo um guarda veio apitando, elétrico, nervoso "get out... get out". Daí ele me explicou que é terminantemente proibida  a entrada de pedestre pela entrada dos ônibus. Coisa de brasileiro querer cortar caminho. Então, tive que dar a volta e entrar na escada rolante que leva ao subway. De lá, tem outro acesso que vai pra tal rodoviária.

Não fazia a menor idéia de qual ônibus deveria pegar. Sabia apenas que haveria a tal da baldeação em algum ponto da cidade. Ao chegar na bus station, sábado 9h da manhã, já tinha um funcionário da TTC. Daí eu perguntei qual ônibus deveria pegar pra ir na Dixie. Ele me explicou, mas notou que não entendi direito. Então ele me pegou pelo braço me levou até o box nr 2 (existem 5! olhem a chance de dar errado, rs). E ficou comigo lá pacientemente até aparecer a linha 110A. Você paga 3 dólares pra embarcar e recebe de volta um ticket impresso (tipo dessas máquinas visa aí no brasil). Com esse ticket você pode reembarcar ou pegar uma conexão para outra linha em até duas horas, basta mostrar ao motorista.

Seguindo na linha 110-A, o busão foi rodando pela cidade. Muito legal aqui, as casas sem grandes cercando ou mesmo nas janelas. O quintal todo mundo tem acesso (e até estranho), bicicletas dormindo na varanda sem cadeado, bem diferente! O ônibus é um espetáculo! Ele não tem degrau, é baixo e possui nas 3 entradas elevadores que é acionado pelo motorista para o PNE ou mesmo SRa com carrinho de bebê ou u idoso com dificuldade locomotora. Outra característica: os bancos são afixados lateralmente no ônibus, o que permite uma forma rápida de lavar o interior do ônibus, porque os assentos não possuem "pé". É fácil passar a água e limpar.

Outra coisa legal é que para pagar a tarifa, o busú aceita tudo: moeda, notas, cartão de crédito. O mais bacana, porém, penso que é o GPS instalado no teto. Com ele, o motorista tem um painel em que mostra à sua posição em relação aos demais da frota. Isso pra fazer com que os horários de intervalo das paradas seja respeitado. Em cada parada tem uma tabela com os dias da semana e os horários em que os ônibus passam. Não é exatamente preciso, mas a diferença é de poucos minutos, não mais que cinco.

Chegou a hora da baldeação. O motorista, um senhor com seus 60 anos, parou o ônibus no que fosse uma mini-rodoviária. Nesses locais tem todo o tipo de transporte: street-car (bondinho), ônibus, táxi e, em alguns casos, até acesso ao metrô. Questionei sobre qual o ônibus deveria pegar pra concluir minha ida à Dixie, diz ele: 5a-Orange. Não aguardei 10 minutos e lá estava o busão laranja. Bastou apresentar o ticket do transfer e seguir viagem.

Bom, depois eu vou falar sobre os outlets aqui em outro post. São fantásticos! Cheguei às 10h e só saí por volta das 17h. Pra voltar, também não fazia a mínima ideia de qual ônibus deveria pegar. Confesso que pensei seriamente em pegar um táxi. Aliás, táxi aqui é um problema muito sério, porque como o transporte público funciona muito bem, pouquíssimas pessoas (na maioria turistas) é que acabam por usar os enormes táxis que existem por aqui. Então, pouca demanda e turista com dólar pra gastar, dá pra imaginar o que acontece.

Estava aguardando na estação por um ônibus que nem sabia qual iria pegar. Por sorte, apareceu uma mulher e seus dois filhos com muitas compras nas mãos. Então perguntei qual era o ônibus que deveria pegar para ir à Islington (subway de referência onde estou). Foi então que ela disse que iria para o mesmo lugar!!! Confesso que me senti muito aliviado com isso e pude aproveitar melhor a vista da cidade com minha guia turista à bordo. Fizemos a baldeação e enquanto aguardava o outro ônibus, conversei com ela e pra minha surpresa, ela é Afegã e reside no Canadá há doze anos. Casou com um canadense, obteve cidadania e hoje já trabalha como supervisora de telemarkting. O nome dela ocidental é Leonora. O nome da terra natal é um nome que nem sei escrever. Já tinha visto isso na escola: não sei porque, mas o pessoal do oriente médio ou mesmo das bandas do japão, coréia, filipipinas, possuem dois nomes - o de origem e um outro nome ocidental. Ainda vou descobrir o porque.

Essa foi minha primeira experiência com ônibus público aqui e olha, só elogios ao transporte público da cidade, que tanto os cidadãos aqui sentem orgulho!

Até a próxima!

sábado, 2 de abril de 2011

Brasília - Toronto - Brasília por R$ 787,00. Existe!

Está de graça essa promoção pela Copa Airlines. E detalhe: voo direto, sem conexão nos Estados Unidos. 

Qualquer semelhança é mera coincidência, kkkk!!!!

Dinossauros! Depois da eleição a gente fica assim, só o osso, risos...














Ticket, entrada e salão principal do museu




Estação do Museu


Royal Museum Ontario

Pessoal,

Como estou estudando pela manhã na escola, a tarde fica livre pra bater perna pela cidade ou dar uma malhadinha sem exagero, porque nessa cidade o pessoal caminha muito. Já é um ótimo exercício. Aproveitei a sexta-feira para ir visitar o tão falado Royal Museum Ontario. Todos na escola já haviam perguntado se havia ido ou não, então a curiosidade foi aumentando e decidi checar.

Pra começar a ter uma ideia da grandiosidade do museu, basta dizer que abaixo dele funciona uma estação do mêtro completamente temática. É engraçado chegar nessa estação, pois parece que estamos debaixo de uma pirâmide do Egito. Todos os pilares possuem aquela catatumba (é assim que escreve?) daqueles faraós e rainhas, figuras conhecidas do tempo ancestral do oriente médio. É muito bonito de ver, aliás, boa parte das estações aqui possuem temas relacioné tados ao bairro ou local a que se referem.

A estação não fica exatamente embaixo do museu, mas bem ao lado. Logo ao sair na rua, você se depara com a monumental obra. Até onde a vista alcançou, já ia mais de um quarteirão.

Dei uma pequena vacilada, porque na 4a feira até 15h a entrada é free. Nos outros dias 32 doletas canadenses só pra entrar. Mas vale a pena! Não se pode entrar com bolsas, mochilas, pochetes, essas coisas. Tem um armário próprio que você deixa guardado e recebe um ticket para buscá-lo na volta. O bag é free, mas casaco, guarda chuva, tudo isso tem um preço pra deixar guardado que começa nos 2 doláres e vai subindo de acordo com a quantidade de tralhas que você tem na mão. Ahh, aqui em tudo que é lugar, mesmo em cabines de ticket, eles aceitam tudo que é tipo de cartão.

Ao entrar você recebe um mapa. São cinco pavimentos com salas de exposição. Existem obras de artes incríveis, objetos históricos de vários países, principalmente, do oriente médio e da china. Este é o maior museu do Canadá e um dos dez maiores do mundo. Nesse período está ocorrendo uma exposição da história da china (riquíssima!), do Egito (arqueologia), Geologia (formação dos planetas, extração mineral com pedras preciosíssimas (segurança pra todo lado)), meteoros que já chegaram por aqui (eu nunca vi um, tirei várias fotos!). Além disso, ainda tem a história de descobrimento do Canadá, uma exposição de fauna e flora em tamanho natural (lindo demais!) e, a mais impressionante: water for life. Essa última, eu nunca tinha entrado em uma exposição 3d. Máquinas fotográficas, videos e celulares são terminantemente proibidos nessa área e exige-se silêncio total. É difícil até de explicar, porque você entra numa sala escura e do nada, começam a aparecer lagos, rios, oceanos. A sensação é que você está dentro d'água. Tem gente que se assusta com os peixes que passam tão perto. São uns 15minutos nessa claustrofobia, mas são inacreditáveis. Essa water for life pagou o ingresso! Pena que de lá não pude tirar fotos, vai ficar na memória. Pra sempre.
Vou publicar algumas fotos aqui de lá.
Abraços,

quinta-feira, 31 de março de 2011

Primeiro dia de aula (pra valer!)

Então, depois de tanta confusão pra nivelar o pessoal nas turmas, enfim, tivemos a primeira aula pra valer. Na realidade, são três aulas diárias de 90 minutos cada. Começa as 8h30 e, somado com os intervalos, acaba 14 horas. Achei o máximo esse horário porque dá pra sair cedo, bater perna ou mesmo ir pra academia. E que academia!

Aqui nós não temos uma turma fixa, cada aula você levanta e troca de sala. Via de regra, na sala nós temos muitos orientais (Coréia do Sul, Japão, Filipinas, etc..) e muitos árabes de várias nacionalidades, inclusive do Irã com quem estou tentando me comunicar pra conhecer um pouco da vida por lá. Do lado ocidental, muita gente da américa latina (Brasil e muita gente da Colômbia e México). Os europeus também estão lá, mas em menor número. Fiz uma ótima amizade com um colega italiano por nome Michael, esse tem sido um grande companheiro na escola.

As meninas árabes é que são engraçadas. Extremamente tímidas e reservadas. Cobertas dos pés à cabeça, só os olhinhos de fora. Não chega a ser uma burca, mas é uma espécie de vestido que cobre os ombros e a manga vai até o cotovelo. Depois elas usam espécie de um véu, sempre numa tonalidade bem escura.

Hoje foi engraçado porque em uma das aulas nós tivemos uma atividade funny aqui. Fizemos um jogo igualzinho ao imagem&ação aí no Brasil. Foi o máximo! O que deveria ser desenhado, obviamente, estava em inglês e, por mais simples que fosse o desenho, cada pessoa, cada cultura, tinha uma forma diferente de expressar. Como no jogo, aqui também a gente roubou e usou mímicas ou mesmo expressões faciais. Mas quando era a árabe que desenhava, como é que a gente poderia perceber a expressão facial (risos!) ou mesmo, entender a mímica delas. Cara, foi comédia demais, eu chorei de rir na sala e acho que elas perceberam, não ficaram chateadas não e morriam de rir de mim, talvez pensando a mesma coisa que pensava a respeito delas, kkkk!!!!

Tem um árabe maluco na sala que diz o tempo todo quando me vê "gostosa", "gostosa", "gostossa". Eu comigo, pensei "que p. é essa!". Daí no intervalo eu cheguei pra ele e perguntei o que ele entendia por "gostosa", daí o maluco saiu apontando pra qualquer mulher que passava. Ele Disse que tinha estudado com um brasileiro, que afirmou que para fazer sucesso no Brasil com as mulheres, sempre as chame de gostosa. É a única coisa que ele sabe falar em português.

Brasileiro ensina cada coisa pra esses gringos...

Até aqui esse homem está... rs....

Chão de vidro no Skypod e anel externo do Deck onde gripei, rs...